A escritora Joan Didion, ícone da literatura americana, a quem se atribui a introdução do “novo jornalismo” com seus ensaios sobre a vida em Los Angeles nos conturbados anos 1960, faleceu nesta quinta-feira (23).
Didion morreu aos 87 anos de complicações do mal de Parkinson em sua casa em Manhattan.
Os primeiros trabalhos de Didion incluíram sua coleção de ensaios seminais de 1968 “Slouching Towards Bethlehem”, com a qual causou deleite na crítica e que lhe transformou em uma estrela autêntica, assim como “The White Album”, outra coleção de ensaios com foco em Los Angeles, e “Play It as It Lays”, uma novela sobre as vidas de personalidades de Hollywood.
Décadas depois de seu apogeu como ‘socialite’ da meca do cinema, roteirista, ensaísta e novelista, Didion se viu novamente no centro das atenções por sua escrita bastante honesta sobre o luto, depois de duas tragédias seguidas.
A escritora tinha 69 anos quando seu esposo e colega roteirista John Gregory Dunne sofreu um infarto fatal.
Menos de dois anos depois, a filha do casal, Quintana Roo, morreu aos 39 anos por uma pancreatite aguda.
Didion explorou o impacto de suas perdas devastadoras em suas memórias de 2011: “Blue Nights”.