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Nvidia rompe a marca dos trilhões e redefine a corrida pela IA
O salto que levou a Nvidia a multiplicar seu valor de mercado por quatro desde 2023 se ancorou num dado simples. As GPUs da empresa, com H100 e B200 à frente, concentram mais de 80% da capacidade mundial de treinamento de modelos de linguagem.
Na sessão que sacramentou o novo teto, os papéis avançaram 2,8%, superando Apple e Microsoft em capitalização e tornando-se responsáveis por 7,3% de todo o S&P 500. E isso se estende aos lucros, já que no primeiro trimestre fiscal, a Nvidia registrou 18,8 bilhões de dólares de resultado líquido.
Uma alta anual de 26%, mesmo enfrentando restrições de exportação de chips para a China. A escalada é reflexo direto da demanda por IA generativa. Modelos como ChatGPT e Gemini dependem de milhares desses processadores para analisar e criar linguagem natural em escala.
Dos chips aos cliques: O mercado tecnológico brasileiro
Nvidia é um nome bem conhecido no país, especialmente entre os jogadores brasileiros, por isso os números da empresa não surpreendem tanto. Enquanto Wall Street vibra com capitalizações trilionárias, o Brasil vibra, literalmente, com o celular na mão.
A Pesquisa Game Brasil 2025 mostra que 82,8% da população brasileira consome jogos digitais. Entre os entrevistados, 88,8% dizem que os games estão entre as suas principais formas de entretenimento.
Para o usuário final, são muitos os jogos que fazem sucesso no Brasil e nem todos precisam de uma placa de vídeo ou de CPUs avançadas, como as da Nvidia, instaladas no computador. Um gênero muito popular que combina simplicidade matemática e adrenalina de segundos são os crash games.

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O jogo Aviator, lançado pela Spribe em 2019, sintetiza a lógica. Uma aeronave decola com multiplicadores que não param de crescer, e o jogador decide quando sacar antes que o avião “exploda”. É voltado a um público móvel, mas o sucesso do jogo mostra como os brasileiros estão conectados, já que, por trás de títulos como esses, há muita tecnologia.
Embora funcionem totalmente em WebGL, rodando direto no navegador e dispensando instalação, esses títulos só oferecem uma experiência fluida em escala porque os servidores contam com GPUs de alta performance que empresas como a Nvidia disponibilizam na nuvem. Em outras palavras, a potência foi deslocada do dispositivo do jogador para a infraestrutura da plataforma.
Ao permitir que desenvolvedores renderizem cada partida em servidores equipados com placas gráficas, a latência cai e o número de sessões simultâneas dispara, sustentando honrosos 64 quadros por segundo mesmo em 4G.
Empresas de tecnologia são, sem dúvida, o futuro
Tudo isso explica porque a PwC projeta que, até 2026, o mercado de jogos duplique de tamanho no Brasil, alimentado sobretudo por microtransações móveis. O valor de mercado atingido pela Nvidia não é, então, apenas um número hiperbólico.
Ele materializa a urgência de processar modelos cada vez maiores, capazes de animar desde chatbots bancários até gráficos que dão fôlego aos jogos que vibram na tela do smartphone dos brasileiros.