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A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) alega que os recentes reajustes no preço dos combustíveis devem impactar o preço dos alimentos no Brasil. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31).
A Abras prevê que nas primeiras semanas de setembro aconteça um aumento de 5% a 8% no valor dos produtos não industrializados.
“Os hortifrutigranjeiros, que é o caso basicamente desses produtos de consumo diário, não têm estoque. Está previsto (aumento) em torno de 5 a 8%. Então, a tendência é que esses produtos tenham esse repasse de preço durante o mês de setembro”, afirmou o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.
Segundo a associação, as carnes, laticínios e alimentos industrializados também devem ser impactados pelo reajuste dos combustíveis, mas de forma escalonada.
Todos os aumentos vão ter efeitos na cesta de abastecimento dos lares, de acordo com a Abras.
De acordo com a associação, o preço do frete para os produtores representa até 50% do custo operacional. O impacto no diesel e na pecuária acontece em três frentes: antes, dentro e após a porteira.
O repasse ao consumidor final de até 8% reflete o custo frete para o transporte de insumos do fornecedor, o combustível para movimentação de máquinas envolvidas no plantio e o frete para a indústria de processamento.
O retorno de tributos sobre o diesel previsto para o início de setembro também deve ter efeito nos alimentos.