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O Oscar 2025 será realizado neste domingo (2), a partir das 21h (horário de Brasília), no Dolby Theatre, em Los Angeles. A transmissão ao vivo será feita pela TV Globo (exceto no Rio de Janeiro), TNT e Max. Os filmes Anora e Cônclave despontam como os grandes favoritos para levar o cobiçado troféu de Melhor Filme.
Enquanto o resultado permanece uma incógnita, uma coisa é certa: as redes sociais e conversas entre apaixonados por cinema — que, no ano passado, somaram 20 milhões de espectadores apenas nos Estados Unidos — estarão repletas de reclamações. Frases como “Por que aquele filme não ganhou?”, “Cadê o prêmio daquela atriz?” e “O diretor merecia mais!” são inevitáveis. A pergunta que fica é: quem culpar?
A Academia e o Processo de Votação
A resposta envolve diferentes perspectivas. Por um lado, a responsabilidade recai sobre a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, organização fundada em 1927 para promover o cinema americano e que organiza o Oscar. Segundo a Academia, “todos os membros elegíveis participam da votação”.
As indicações para Melhor Filme são decididas por membros das 19 ramas da instituição. Nas demais categorias, as nomeações vêm de membros de ramos específicos ou votantes que atendem aos critérios de elegibilidade. Todas as votações ocorrem via sistema secreto online, auditado pela PricewaterhouseCoopers.
Por outro lado, a questão é mais complexa quando analisamos quem realmente vota. Atualmente, a Academia conta com 10.910 membros, mas nem todos têm direito a voto. “Membros associados”, considerados aliados da indústria mas sem atuação direta, não votam, deixando 9.905 votantes aptos a decidir os vencedores.
Quem São os Votantes do Oscar?
De acordo com um levantamento publicado em dezembro de 2024 pelo site The Wrap, a maioria dos votantes são atores, totalizando 1.258 (12,7% do total). Em seguida, destacam-se membros de áreas como documentários (693), animação (677), efeitos especiais (644), diretores (589), som (551), roteiristas (523), design de produção (421), música (402), montagem (392), fotografia (292), maquiagem e cabelo (236), curtas-metragens (202) e figurino (181).
Uma Academia Mais Global e Diversa
Desde 2016, após polêmicas como #OscarsSoWhite (Oscar tão branco) e #OscarsSoMale (Oscar tão masculino), a Academia reconheceu a falta de diversidade e implementou mudanças significativas.
Nos últimos anos, o número de membros quase dobrou, com 35% sendo mulheres, 20% pertencendo a grupos étnicos ou raciais sub-representados, e 20% vindos de fora dos Estados Unidos. Isso impactou as escolhas: mais atores negros e asiáticos, bem como mulheres na direção, passaram a figurar entre os premiados. Filmes em língua não inglesa, como Roma (2019) e Parasita (2020), ganharam destaque.
Mesmo assim, as críticas continuam. Há quem alegue que a Academia ainda não fez o suficiente, enquanto outros a acusam de ceder a movimentos como o “anti-woke”. A presidente Janet Yang resumiu: “Ser global parece ser a única forma de continuar relevante”.
Como São Escolhidos os Vencedores?
Após o anúncio das indicações — decididas por cada ramo da Academia, exceto Melhor Filme (votação universal) e Melhor Filme Internacional (pré-selecionado pelos países) —, o processo de escolha torna-se direto: o vencedor é aquele que recebe mais votos.
A exceção está em Melhor Filme. Nesta categoria, os votantes classificam as obras de 1 (favorito) a 10 (menos favorito). Este método privilegia filmes que recebem consenso, ou seja, que agradam amplamente, dificultando a vitória de produções mais polarizantes.
