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Durante a Assembleia Geral de Clubes de Futebol Europeus, realizada em Roma, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, ressaltou a necessidade de manter uma “mente aberta” diante de possíveis alterações no calendário e no formato dos principais torneios internacionais.
Segundo Infantino, analisar mudanças na data do Mundial e na expansão do Mundial de Clubes beneficiará “todos os envolvidos”, em um momento de intensos debates sobre a programação futura das competições da entidade.
O calendário do futebol internacional, definido até 2030, passa por revisão, considerando alternativas tanto para a Copa do Mundo quanto para o Mundial de Clubes. Após a edição de Catar 2022, realizada em novembro e dezembro para evitar o calor extremo do deserto, discussões semelhantes devem ocorrer em 2034, quando a fase final está prevista na Arábia Saudita.
Infantino destacou que, para permitir que o torneio ocorra simultaneamente em todos os continentes, a alternativa seria disputá-lo “em março ou outubro, o mais provável, porque em dezembro não se joga em uma parte do mundo, e em julho não se joga na outra”. Segundo ele, é essencial “debater e avaliar a estrutura tradicional” dos torneios, levando em conta as realidades geográficas e climáticas.
O dirigente reforçou a análise sobre a edição na Arábia Saudita: “Não se trata só de uma Copa do Mundo, é uma reflexão geral; mesmo jogar em alguns países europeus em julho é muito, muito quente, então talvez tenhamos que pensar”. Ele ainda ressaltou: “Na verdade, o melhor mês para jogar futebol, que é junho, não é muito utilizado na Europa. Talvez haja formas de otimizar o calendário, mas estamos debatendo e veremos quando chegaremos a alguma conclusão. Só precisamos ter a mente aberta”.
Outro ponto central foi o Mundial de Clubes, que realizou sua primeira edição com 32 equipes no último verão no Estados Unidos. Infantino chamou o torneio de “um enorme sucesso” e indicou que o formato pode ser ampliado futuramente: “Ha sido un éxito, y ahora trabajamos juntos para ver cómo podemos hacerlo aún mejor, aún más grande, aún más impactante”.
A possível expansão para 48 equipes faz parte da estratégia de consolidar o torneio como uma competição “mais grande e mais relevante”, segundo Infantino. Ele destacou que o sucesso da última edição também se refletiu na participação, público e receita, citando que o Chelsea, campeão do torneio, arrecadou cerca de 85 milhões de euros.
Apesar de divergências, o presidente da FIFA enfatizou a importância do diálogo: “Beneficiará a todos os presentes nesta sala, e também fora dela. Há, de cara para o futuro, muitos desafios, obviamente, e todos estamos preparados para enfrentá-los”.
Infantino reforçou a abertura para todos os atores do futebol global: “Queremos debater formas de fazer ainda melhor, ainda maior, após a primeira edição nos Estados Unidos com 32 clubes”, destacando que “todos os clubes, com todas as partes interessadas que queiram debater e conversar” devem participar para desenvolver soluções coletivas.