A pandemia da Covid-19 gerou efeitos nas contas do Poder Judiciário. Em 2020, as despesas totais chegaram a R$ 100 bilhões, o que representa diminuição de 4,5% em relação a 2019.
A informação consta no relatório Justiça em Números, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado nesta terça-feira (28).
A série histórica do CNJ, iniciada em 2009, revela que os gastos ainda estão altos, já que pelo menos desde 2017 as despesas do Judiciário ficam acima de R$ 100 bilhões. O relatório tem como ano-base 2020.
O documento mostra que a Justiça Estadual é o segmento que demanda mais custos, com aproximadamente 58% da despesa total.
Em seguida aparece a Justiça do Trabalho (20%), a Justiça Federal (12%), Justiça Eleitoral (6%), Tribunais Superiores (4%) e Justiça Militar Estadual (0,2%).
Ainda segundo o relatório, em 2020, o custo pelo serviço de Justiça foi de R$ 475 por habitante. O valor é R$ 25,6 a menos, por pessoa, do que em 2019. Com relação aos servidores inativos, os números mostram diminuição sutil nos gastos por habitante de 2,07% de 2019 para 2020.
As despesas totais do Judiciário correspondem a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, ou a 11% dos gastos totais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios.