Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Na tarde desta terça-feira (06), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em Brasília, vai decidir se abre um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para investigar o juiz substituto Marcos Scalercio, alvo de denúncias de assédio sexual contra três mulheres em São Paulo.
Em 2021, casos contra o juiz chegaram a ser arquivados pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) em SP. A corregedoria alegou que não havia provas de que Scalercio havia cometido crimes sexuais. E por isso o PAD não foi aberto.
À época, uma aluna do cursinho Damásio Educacional, onde Scalercio dava aulas, uma advogada e uma funcionária da Justiça do Trabalho o acusavam pelos assédios.
Elas tinham dito que o professor e juiz as abordou, respectivamente, numa cafeteria próxima ao curso, nas redes sociais e dentro do gabinete dele no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda (SP).
Scalercio sempre negou esses crimes, alegando inocência, de acordo com seus advogados, que farão a defesa dele nesta terça no Conselho Nacional de Justiça.
Segundo a assessoria de imprensa do CNJ, a previsão é a de que a sessão comece por volta das 14h. Ela será transmitida ao vivo pela internet, nas redes sociais do órgão.
Além da discussão sobre a abertura ou não do PAD contra o magistrado, os 15 integrantes do CNJ poderão votar ainda se afastam preventivamente Scalercio do TRT-2.
O relator, corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, pode sugerir as duas possibilidades ao plenário.
O CNJ pode também colocar em votação se sua Corregedoria irá investigar mais acusações de crimes sexuais que surgiram contra o juiz após a repercussão do caso na imprensa.
Até a última sexta-feira (02), o Me Too Brasil havia contabilizado um total de 96 relatos com denúncias, 6 deles de estupro. Algumas das denúncias são de 2014 a 2020.
Além do CNJ, o MPF analisa as três acusações anteriores de assédio sexual que a Corregedoria do TRT-2 havia arquivado por duas vezes no ano passado.