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O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, expediu uma nova ordem de prisão preventiva contra Alberto Youssef na tarde desta terça-feira (21). A decisão aconteceu logo após o desembargador do TRF-4, Marcelo Malucelli, determinar a soltura do doleiro durante audiência de custódia.
Youssef havia sido preso na segunda-feira (20) por ordem do próprio Appio.
Na argumentação para a 1ªdecisão, Appio defendeu que o doleiro “foi um verdadeiro arquiteto de diversas organizações criminosas ao longo dos últimos vinte anos, sendo certo que a sua multirreincidência revela sua incompatibilidade com o regime de liberdade provisória sem condições”.
Além disso, o juiz disse na sua decisão que Youssef, que tem acordo de delação firmado, teria mudado de endereço sem avisar previamente a Justiça e que a atual condição de plena liberdade contribuiu para a sensação de impunidade nos seus casos.
Na decisão, Appio também disse que a medida visava garantir a ordem, visto que o doleiro tem elevada periculosidade social por ser reincidente em crimes de colarinho branco e lavagem de dinheiro.
Assim, não falou contra a validade do acordo de delação premiada firmado, mas do “âmbito de sua abrangência”.
“O presente procedimento, na medida em que seria uma carta em branco genérica que envolveria toda e qualquer investigação criminal, inclusive de crimes que sequer foram descobertos na data da assinatura do acordo”, continuou Appio na sua decisão.
“Seria, na prática, verdadeira medida de impunidade e não creio tenha sido este o escopo da lei ou mesmo a intenção do acordo então firmado”, completou o magistrado