Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de outras cortes superiores de Brasília manifestaram críticas em relação ao discurso proferido pelo ministro Luís Roberto Barroso durante o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), na última quarta-feira (12). Em conversa reservada com o colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, colegas de Barroso no STF consideraram a fala “muito ruim”, destacando especialmente o trecho em que o magistrado aborda a derrota do bolsonarismo.
Segundo esses colegas, a avaliação é de que o discurso contribui para que a Corte seja ainda mais alvo de ataques e críticas por parte de bolsonaristas e da atual oposição. Já magistrados de outras cortes superiores acreditam que a declaração foi ainda pior por ter sido feita aproximadamente dois meses antes da posse de Barroso como presidente do STF, prevista para o início de outubro. Ele irá substituir a atual presidente, Rosa Weber, que se aposentará compulsoriamente do cargo de ministra do Supremo.
“Nós derrotamos a censura, derrotamos a tortura, derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, afirmou Barroso, ao lado do ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino. A declaração ocorreu durante um evento da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília, na quarta-feira (12).
Após receber duras críticas do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Barroso divulgou nova nota nesta quinta-feira, 13, para se retratar.
Leia a íntegra da nota de Barroso:
Na data de ontem, em Congresso da União Nacional dos Estudantes, utilizei a expressão quando na verdade me referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria. Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas.