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O advogado Hery Waldir Kattwinkel Junior, defensor do segundo réu a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos atos de 8 de janeiro, citou uma frase atribuída nas redes sociais a Luís Roberto Barroso, de que “eleição não se ganha, eleição se toma”. (Veja a explicação no vídeo acima).
“Ato antidemocrático é quando um ministro da Suprema Corte fala que eleição não se ganha, eleição se toma. Isso é preocupante. Isso nos causa medo, insegurança, calafrios”, disse.
Depois da sustentação, Barroso pediu a palavra e explicou que a frase foi tirada de contexto. Ele contou que, na ocasião, visitava a Câmara a convite do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para argumentar no plenário porque era contra o voto impresso.
Em uma conversa no Salão Verde da Câmara com o então deputado Jhonatan de Jesus, Barroso contou que, na véspera, havia se reunido com seu pai, o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR). Neste encontro, Mecias disse a ele que era contra o voto impresso, porque na época em que os votos eram contados em cédulas, ganhou eleições em Roraima, mas não foi eleito, porque teriam lhe “tomado” as eleições.
Barroso disse então a Jhonatan que “eleição em Roraima não se ganha, se toma”, referindo-se àquela época.
Barroso repudiou a edição do vídeo que circulou nas redes sociais, em que aparece reproduzindo trecho da frase, na conversa com Jhonatan, cortando a palavra Roraima e o contexto. “A mentira dominou o país e as redes sociais também. Eu jamais disse que ‘eleição não se ganha, eleição se toma’. Essa é mais uma fraude que se pratica online, de pessoas de milícias digitais, que cultivam a mentira, precisam da mentira, se alimentam da mentira”, afirmou.