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Reuters – Um novo sistema global transparente deveria ser criado para apurar surtos de doenças, habilitando a OMS (Organização Mundial da Saúde) a enviar investigadores com pouca antecedência e revelar suas descobertas, disse uma comissão de estudo da pandemia de covid-19 nesta quarta-feira (12).
A OMS deveria ter declarado o novo surto de coronavírus na China uma emergência internacional antes de 30 de janeiro de 2020, mas o mês seguinte foi “perdido” porque os países não adotaram medidas fortes para deter a disseminação do patógeno respiratório, disse a comissão.
Em um grande relatório sobre a reação à pandemia, os especialistas independentes pediram reformas ousadas na OMS e uma revitalização dos planos de prontidão nacional para evitar outro “coquetel tóxico”.
“É essencial ter uma OMS empoderada”, disse Helen Clark, copresidente da comissão e ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, aos repórteres no lançamento do relatório “Covid-19: Façam Dela a Última Pandemia”.
Ellen Johnson Sirleaf, também copresidente do grupo e ex-presidente da Libéria, disse: “Estamos pedindo um novo sistema de vigilância e alerta que se baseie na transparência e permita à OMS publicar informações imediatamente”.
Médicos chineses relataram casos de pneumonia atípicas em dezembro de 2019 e informaram as autoridades, e a OMS recebeu relatos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças de Taiwan e outros, disse a comissão.
Mas o Comitê de Emergência da OMS deveria ter declarado uma emergência de saúde internacional em sua primeira reunião de 22 de janeiro, ao invés de esperar até 30 de janeiro, afirmou o relatório.
O comitê não recomendou restrições de viagens devido aos Regulamentos Internacionais de Saúde da OMS, que precisam ser reformulado, segundo o documento.