O líder austríaco Sebastian Kurz anunciou no sábado (9), que estava deixando seu cargo, dias depois que seu escritório foi invadido por promotores austríacos que o investigavam e membros da equipe próximos por suspeita de suborno e quebra de confiança.
As investigações Kurz e nove outros indivíduos por fraude, suborno e venalidade vieram a público apenas alguns dias atrás, após uma batida na Chancelaria Federal e nas dependências do partido governista, precipitando o governo conservador-verde numa crise. O líder inicialmente descartou uma renúncia, e segue rechaçando as imputações.
“As acusações são falsas, e vou também conseguir esclarecer isso”, assegurou Kurz. No entanto, o Partido Verde declarou-o incapaz de seguir governando, e exigiu de seu Partido Popular da Áustria (ÖVP) que indicasse uma “pessoa irrepreensível”, apta a exercer o cargo.
Após comunicar seu afastamento, Kurz disse esperar que desse modo sua legenda possa prosseguir na coalizão de governo com os minoritários verdes. Assim, acrescentou, se evitaria uma aliança tetrapartidária, “que depende da graça” do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), populista de direita, retirado da coalizão em Viena em 2019, após um escândalo de corrupção.