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As forças armadas ucranianas e os separatistas pró-Rússia se acusaram novamente neste sábado (19) de violar o cessar-fogo, enquanto o presidente Zelensky exigia um cronograma “claro” para a adesão à Otan. Paris e Berlim pedem aos seus cidadãos que saiam da Ucrânia o mais rápido possível.
A crise na Ucrânia está ficando mais complicada hora a hora. As forças armadas ucranianas e os separatistas pró-Rússia cruzaram acusações novamente hoje de violar o cessar-fogo. Explosões, explosões de morteiros e tensão superficial são o pão de cada dia dos moradores que vivem ao longo da linha que separa as “repúblicas” separatistas de Donetsk e Luhansk do resto da Ucrânia.
Cerca de 20.000 separatistas decidiram seguir o caminho para Moscou, informaram as autoridades das duas regiões separatistas, que dizem “temer” um ataque de Kiev, acusação firmemente negada pelas autoridades ucranianas.
O presidente ucraniano Volodimir Zelensky, que viajou para a Alemanha para participar da Conferência de Segurança de Munique dedicada à crise entre seu país e a Rússia, pediu a seus aliados acidentais que ponham fim à política de “apaziguamento” da Rússia. “A Ucrânia recebeu garantias de segurança quando decidiu abrir mão de suas filiais nucleares, a terceira maior reserva do mundo. Não temos armas, nem segurança. Mas temos o direito de exigir que cesse a política de contemporização e exigir garantias de segurança e paz”, destacou.
Queremos um cronograma claro para a adesão à OTAN, acrescentou o presidente, que até poucos dias atrás estava confiante em chegar a um acordo com Moscou. Dmytro Kuleba, chefe da diplomacia ucraniana, que também viajou para Munique, disse à imprensa que seu país está “se preparando para todos os cenários possíveis”.
Neste contexto de crescente tensão, a Alemanha e a França optaram neste sábado por pedir aos seus concidadãos que deixem a Ucrânia.
“Os cidadãos alemães são urgentemente solicitados a sair agora” da Ucrânia, escreveu o ministro das Relações Exteriores alemão. Um apelo apoiado por seu colega francês, que recomendou que todos os franceses deixem a Ucrânia, principalmente aqueles que vivem nas áreas mais expostas a um conflito que ninguém parece ser capaz de deter. Saia “sem demora”, ele pediu.
A companhia aérea alemã Lufthansa indicou que suspenderá seus voos para Kiev e Odessa a partir de segunda-feira até o final do mês.
(Com informações da AFP)