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Os Estados Unidos disseram que as facções em guerra no Sudão concordaram com um cessar-fogo de 72 horas, enquanto nações ocidentais, árabes e asiáticas correram para retirar seus cidadãos do país.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta segunda-feira (24) que o acordo de trégua ocorreu após dois dias de intensas negociações e começaria na terça-feira. Os dois lados não cumpriram vários acordos de trégua temporária na semana passada.
Os confrontos eclodiram entre as forças armadas do Sudão e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) em 15 de abril e mataram pelo menos 427 pessoas, derrubaram hospitais e outros serviços e transformaram áreas residenciais em zonas de guerra.
“Durante este período, os Estados Unidos exortam as SAF [Forças Armadas do Sudão] e a RSF a manter imediata e totalmente o cessar-fogo. Para apoiar um fim duradouro dos combates, os Estados Unidos se coordenarão com parceiros regionais e internacionais e partes interessadas civis sudanesas”, disse Blinken em comunicado.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que a violência em um país que flanqueia as regiões do Mar Vermelho, Chifre da África e Sahel “corre o risco de uma conflagração catastrófica… que pode envolver toda a região e além”.
Ele pediu aos 15 membros do Conselho de Segurança da ONU a usar sua influência para devolver o Sudão ao caminho da transição democrática após um golpe militar de 2021 que se seguiu à queda do governante de longa data Omar al-Bashir em um levante popular.
“Todos devemos fazer tudo ao nosso alcance para tirar o Sudão da beira do abismo… Estamos com eles neste momento terrível”, disse Guterres, acrescentando que autorizou a realocação temporária de alguns funcionários e famílias da ONU.
O Conselho de Segurança planejou uma reunião sobre o Sudão na terça-feira