O Catar assegurou que Israel e o Hamas estão próximos de alcançar um cessar-fogo em Gaza para a libertação dos reféns após quase quatro meses de combates. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Catar afirmou que o Hamas deu uma “confirmação inicial positiva” a uma proposta de cessar-fogo em Gaza e libertação de reféns. Mediadores dos Estados Unidos, Egito e Catar se reuniram com autoridades de inteligência israelenses em Paris, propondo uma pausa de seis semanas nos combates em Gaza e uma troca de reféns por prisioneiros, sujeita à revisão do Hamas.
“A proposta foi aprovada pela parte israelense e agora temos uma primeira confirmação positiva da parte do Hamas”, disse Majed al-Ansari durante uma apresentação em uma escola de pós-graduação em Washington. Ele acrescentou que “ainda temos um caminho muito difícil pela frente” e expressou otimismo de que notícias positivas possam ser compartilhadas nas próximas duas semanas.
Esperava-se que o líder do Hamas apoiado pelo Catar, Ismail Haniyeh, fosse ao Cairo na quinta-feira ou sexta-feira para discutir a proposta de cessar-fogo. Anteriormente, o Catar intermediou uma pausa de uma semana nos combates em novembro, resultando na libertação de reféns israelenses e estrangeiros, além da entrada de ajuda no território palestino.
De acordo com fontes envolvidas nas negociações, o esboço em discussão contempla várias etapas. A primeira prevê a libertação de 35 civis em poder do Hamas em troca de uma suspensão completa das operações de Israel em Gaza por 45 dias. Além disso, inclui a libertação de cerca de 100 prisioneiros palestinos para cada refém libertado pelo Hamas, juntamente com um aumento na entrada de ajuda humanitária em Gaza.
Na segunda etapa, seriam libertados os soldados, e a última fase envolveria o traslado dos corpos dos reféns falecidos durante o cativeiro em Gaza, de acordo com as fontes. Ismail Haniyeh, líder do Hamas, afirmou que o movimento palestino está estudando a proposta e responderá em breve, exigindo a retirada completa das tropas israelenses de Gaza.
O governo israelense não está disposto a interromper a guerra, apesar da crescente pressão das famílias dos sequestrados para negociar um acordo a qualquer preço para a libertação dos 132 reféns restantes em Gaza, dos quais acredita-se que cerca de 28 estejam mortos. Em desenvolvimento. (Com informações da AFP e EFE)