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Nesta terça-feira (10), a Ucrânia realizou o maior ataque de drones até agora contra Moscou, resultando na morte de pelo menos uma mulher, na destruição de dezenas de casas e no desvio de cerca de 50 voos dos aeroportos ao redor da capital russa.
A Rússia, a maior potência nuclear do mundo, afirmou ter abatido pelo menos 20 drones de ataque ucranianos na região de Moscou, que tem uma população superior a 21 milhões de habitantes, além de 124 drones em outras oito regiões.
As autoridades russas confirmaram a morte de pelo menos uma pessoa nas proximidades de Moscou.
Três dos quatro aeroportos da capital ficaram fechados por mais de seis horas, levando ao desvio de quase 50 voos. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, descreveu o ataque como um lembrete da verdadeira natureza da liderança política ucraniana, a qual ele chamou de inimiga da Rússia.
Peskov afirmou que ataques noturnos em bairros residenciais não podem ser considerados ações militares e reiterou a necessidade de continuar a “operação militar especial”, como Moscou denomina sua guerra na Ucrânia.
Em resposta, Kiev alegou que a Rússia lançou um ataque noturno com 46 drones, dos quais 38 foram destruídos. Os ataques causaram danos a prédios de apartamentos no distrito de Ramenskoye, na região de Moscou, incendiando alguns deles.
O governador regional de Moscou, Andrei Vorobyov, informou que uma mulher de 46 anos foi morta e três pessoas ficaram feridas em Ramenskoye.
Moradores relataram ter sido despertados por explosões e incêndios. Alexander Li, um residente do distrito, contou que viu uma bola de fogo e que a janela de seu apartamento foi estourada pela onda de choque.
Outro morador, identificado como Georgy, afirmou ter visto um drone atingir o prédio de sua casa e que ele e sua família precisaram fugir.
Ramenskoye, localizado a cerca de 50 km a sudeste do Kremlin, tem uma população de aproximadamente 250 mil pessoas, conforme dados oficiais.
O Ministério da Defesa da Rússia também informou que mais de 70 drones foram abatidos sobre a região de Bryansk e dezenas sobre outras áreas, sem registro de danos ou vítimas nessas regiões.
À medida que a Rússia avança no leste da Ucrânia, Kiev intensifica os ataques transfronteiriços, incluindo um ataque à região ocidental russa de Kursk, iniciado em 6 de agosto, e uma série crescente de ataques de drones em território russo.