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A Nissan anunciou que cortará 9.000 empregos em sua força de trabalho global como parte de “medidas urgentes” para conter as perdas.
O fabricante japonês de automóveis informou que reduzirá também a capacidade de produção global em 20% e diminuirá os orçamentos de vendas após registrar prejuízos no período de três meses até o final de setembro.
Fabricantes de automóveis ao redor do mundo têm enfrentado dificuldades devido à queda na demanda por veículos em mercados chave, ao mesmo tempo em que competem com concorrentes chineses, especialmente no setor de veículos elétricos.
O anúncio gerou incerteza para os 130.000 funcionários da empresa, embora se acredite que a fábrica do Reino Unido, localizada em Sunderland, provavelmente não será afetada.
A empresa registrou uma perda de 9 bilhões de ienes (cerca de 45 milhões de libras) no trimestre, em comparação com um lucro de 191 bilhões de ienes no mesmo período do ano passado. Além disso, a Nissan revisou para baixo suas previsões de vendas e lucros pela segunda vez neste ano.
A empresa afirmou que está enfrentando uma situação severa devido ao aumento dos custos de vendas e nas fábricas, além de ter um número excessivo de carros com os concessionários, especialmente nos EUA, o que a obriga a oferecer grandes descontos.
Makoto Uchida, CEO da Nissan, anunciou que abriria mão de metade de seu salário mensal a partir de novembro, enquanto implementava os cortes.
Em uma coletiva de imprensa na quinta-feira (7), Uchida comentou que a empresa não previu um aumento tão rápido na demanda por carros híbridos, especialmente nos Estados Unidos. Os híbridos, conhecidos também como veículos elétricos híbridos (HEVs), combinam um motor de combustão interna com uma bateria pequena, o que resulta em uma redução limitada da poluição em comparação aos carros tradicionais. O aumento da popularidade dos híbridos tem ocorrido devido aos altos preços dos combustíveis.
“Não previmos que os HEVs cresceriam tão rapidamente”, afirmou. “Começamos a entender essa tendência no final do ano fiscal passado.”
A Nissan declarou que seu objetivo é alcançar a lucratividade vendendo 3,5 milhões de carros por ano, sendo que no ano fiscal até março de 2024 a empresa vendeu 3,4 milhões de veículos.
A empresa mantém a maior fábrica de automóveis do Reino Unido, em Sunderland, que tem capacidade para produzir até 600.000 carros por ano, mas produziu apenas 325.000 em 2023. No entanto, os gerentes no Reino Unido indicaram que não acreditam que a fábrica será afetada, de acordo com uma fonte informada sobre a situação.
A Nissan também possui uma operação de vendas em Hertfordshire, um centro técnico em Cranfield, Bedfordshire, e um escritório de design em Londres.