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No mês passado, o ex-presidente Michel Temer foi absolvido da acusação de obstrução de Justiça referente àquele episódio em que ele recebeu Joesley Batista no Palácio do Jaburu e, segundo o Ministério Público Federal (MPF), teria tentado comprar o silêncio de Eduardo Cunha.
Em entrevista ao site “O Antagonista”, o ex-presidente afirmou que se arrepende de ter recebido Joesley naquela noite, fora da agenda oficial do presidência.
“Eu me arrependo de [não] ter detectado uma personalidade tão prejudicial para mim e para o país, tão desarrazoada, de pouco comportamento moral, me arrependo disso. Fora daí, não. Você sabe que ele era o maior produtor de proteína animal do mundo. Ele esteve algumas vezes comigo antes mesmo de eu ser presidente. Ele e dezenas de outros empresários que eram os motores da economia nacional. Hoje, evidentemente, diante do fato… O sujeito entrar com o gravador lá… Mas naquele momento não. Eu encarei com a maior tranquilidade. Eu só fiquei avexado, vexado, digamos assim, com o fato de que, depois criaram uma fraseologia falsa, que hoje já está moralizada. Lembra daquela frase ‘tem que manter isso aí’? A partir daí que o nosso excelentíssimo ex-procurador-geral da República, que agora se desnuda, resolveu propor denúncia, com frase falsa. E isso vem vindo à luz paulatinamente. Eu não me arrependo de nada do que eu fiz. Mas, se você me pergunta hoje, claro que se eu não o tivesse recebido ali, seria melhor para o país, não apenas para mim.”
Temer também disse que se o encontro não tivesse acontecido, seu governo havia sido bem diferente. “20, 15 dias depois daquele dia 17 de maio, eu iria votar a reforma da Previdência na Câmara. Nós tínhamos 326 votos contados. Já tínhamos feito [reforma] trabalhista, [reforma do] ensino médio, [aprovado a PEC do] teto de gastos, recuperado as estatais, ampliado as faixas ambientais. Eu teria votado a reforma da Previdência: até 17 de julho, eu teria votado no Senado. Ou seja, o Brasil teria ganho a reforma da Previdência há dois anos e teria economizado milhões, pelo menos, no tocante da Previdência. E mais ainda: eu estava com uma espécie de simplificação tributária em andamento. E viria a simplificação tributária. Esse prejuízo ele [Rodrigo Janot] causou. Eu teria feito essas duas coisas.”