Com o possível intuito de conseguir barrar processo de seu impeachment que está avançando na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), o governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), está tentando entrar em contato com o presidente da Casa, André Ceciliano (PT).
De acordo com o blog da Andreia Sadi, o governador alega que não pode e nem deve ser julgado politicamente antes de obter ao menos um desfecho na Justiça referente as acusações que vem sofrendo sobre os desvios na área da Saúde, durante a pandemia do coronavírus.
Durante aproximadamente 15 dias, Witzel ficou procurando algumas vezes oportunidades para ir atrás de Siciliano, porém não teve sucesso.
O governador do Rio, sofreu durante essa semana uma derrota significativa na Alerj: por unanimidade, a Casa optou por abrir o processo de impeachment contra ele.
Com base na análise de aliados de Witzel, caso não venha a ter novas operações policias, como a que fez buscas na sua residência oficial, o governador terá mais chances de sobreviver ao processo de impeachment.
Porém, o maior problema do governador é o fato do mesmo ter optado por desmontar sua base aliada na Alerj pela articulação do ex-secretário Andre Moura, demitido por Witzel no final de maio.
Agora sem base, Witzel acata a estratégia de tentar uma reaproximação de parlamentares e diz que apresentará uma defesa técnica. Os deputados da Alerj declararam que o governo acena com cargos, mas fontes do governo Witzel afirmam que os partidos na Alerj já ocupam cargos no governo.
Ainda tomando como parte de sua nova estratégia política, Witzel também tenta uma nova reaproximação com o presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Flavio Bolsonaro, com a ambição de conquistar um diálogo aos aliados do Planalto na Alerj, porém o governo federal já declarou não querer nenhuma aproximação com o governador do Rio, e inclusive acusam Witzel de ter pretensões eleitorais em 2022 e ter vencido em 2018 na carona da popularidade do presidente Bolsonaro.