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A Polícia Federal indiciou nesta quinta-feira (16) o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) por suspeita de três crimes: lavagem de dinheiro, caixa dois eleitoral e corrupção passiva.Outras duas pessoas também foram alvos da operção como o ex-tesoureiro do PSDB Marcos Monteiro e o advogado Sebastião Eduardo Alves de Castro também foram indiciados.
A gestão de Alckmin como governador do estado de São Paulo ocorreu entre 2001 e 2006 e de 2011 a 2018.
A operação realizada hoje é um desdobramento da operação Lava Jato e está ocorrendo no inquérito que investigava o âmbito eleitoral e as doações da empreiteira Odebrecht.
O Inquérito já está correndo dentro do Ministério Público de São Paulo que agora possui apenas três opções: decidir pelo arquivamento da denúncia contra o ex-governador e o ex-tesoureiro ou também pedir novas diligências para que a polícia aprofunde algum ponto da investigação.
O ex-governador está sendo investigado desde 2017 após a delação premiada da Odebrecht.
Na época, em depoimento aos procuradores da Lava Jato, Carlos Armando Paschoal, que era o diretor da empreiteira em São Paulo, afirmou, que em um encontro, recebeu das mãos de Alckmin um cartão de visita do cunhado dele, Adhemar Ribeiro.
Ainda segundo a delação, Paschoal revelou ter repassado R$ 2 milhões, via Caixa 2, para a campanha de Alckmin ao governo de São Paulo, no ano de 2010. E que inclusive quem era o responsável por controlar os pagamentos, era o cunhado de Alckmin.
Os delatores também afirmaram que receberam um segundo pagamento, em 2014, que foi cerca de R$ 8,3 milhões, na campanha de Geraldo Alckmin à reeleição ao governo de São Paulo.
De acordo com o delator Benedicto Júnior, outro executivo da Odebrecht, os pagamentos dessa ocasião foram intermediados por Marcos Monteiro, então tesoureiro do PSDB.