Em entrevista à RedeTV!, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu nesta terça-feira (06), as mudanças nos ministérios feitas pelo presidente Jair Bolsonaro.
Nesta manhã, Bolsonaro deu posse aos novos ministros em cerimônia realizada nesta manhã no Palácio do Planalto. Na semana passada, houve troca em seis pastas.
“Ninguém manda no presidente Jair Bolsonaro. Essas trocas não foram previstas por absolutamente ninguém. Cada um com sua própria razão e ao gosto do presidente”, afirmou Eduardo em entrevista hoje (06) ao programa Opinião no Ar.
“Os novos ministros são qualificados. O presidente segue com a postura de indicar funcionários de carreira para comandar suas pastas. Eles têm tudo para fazer um bom trabalho.”
O filho de Jair Bolsonaro defendeu a gestão de Ernesto Araújo à frente do Itamaraty e o chamou de “nosso eterno chanceler”: “Vi com certa tristeza. Mas Ernesto teve uma atitude de estadista e resolveu ir para o sacrifício em nome dos seus parceiros”.
“O ministro resolveu ceder espaço para que outros diplomatas assumissem a pasta. O que não significa que o ministro Ernesto Araújo estará fora do jogo político”.
O deputado atribuiu à senadora Kátia Abreu (PP-TO), uma das maiores críticas de Araújo, o aumento da pressão pela queda do ex-ministro. “A senadora Kátia Abreu fez críticas efusivas contra o ministro Ernesto Araújo, mas certamente vinculadas a interesses outros que não os dos brasileiros”, disse.
“Imagine só se fosse o outro candidato [Fernando Haddad, do PT] o vencedor em 2018. A gente teria Nicolás Maduro [ditador da Venezuela] assistindo à posse do presidente da República”.
Eduardo também criticou a cobertura de alguns veículos de comunicação sobre as mudanças nos ministérios e a troca dos comandantes das Forças Armadas
. Segundo ele, parte da imprensa encampou a tese de que Jair Bolsonaro planejava um “autogolpe”: “Isso demonstra que uma parte da imprensa segue fazendo seu trabalho de militância porque, para eles, vale tudo para retornar ao poder, ainda que isso signifique o retorno de certas figuras que assaltaram os cofres públicos”.