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Em cartilha divulgada em 30 de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recomenda “banir do vocabulário brasileiro” 40 palavras ou expressões “preconceituosas” e racistas. O TSE lista “esclarecer”, “escravo”, “meia-tigela” e “nega maluca”. Ele também sugere excluir o termo “feito nas coxas”.
Produzido pela Comissão de Igualdade Racial do TSE, o manual apresenta mais hipóteses que fatos concretos para justificar a censura aos termos escolhidos pela Corte Eleitoral.
De acordo com o TSE, a palavra “esclarecer” é racista “a partir do instante em que transmite a ideia de que a compreensão de algo só pode ocorrer sob as bênçãos da claridade, da branquitude, mantendo no campo da dúvida e do desconhecimento as coisas negras”.
O significado original de esclarecer é a oposição à ausência de luz, que gera dificuldade para enxergar.
Já para defender a exclusão da palavra “mulata”, o TSE afirmou que, “ainda que a expressão não possua uma origem notadamente racista como defendem alguns, os usos e sentidos que lhe foram empregados acabam por impregná-la deste sentido. Desse modo, merece ser abandonada”.
A definição tradicional da palavra mulata é “mulher mestiça das etnias branca e negra”.
No caso de “meia-tigela”, o TSE apresentou três possíveis explicações contraditórias para a origem da palavra: “Embora não haja consenso acerca das origens, a possibilidade de serem compreendidas como memória da escravidão é justificativa suficiente para que as expressões sejam substituídas por outras”.
O TSE também defende a censura da expressão “mercado negro”. “O emprego do adjetivo ‘negro’ na expressão tem o objetivo de sublinhar o caráter ilícito daquela realidade”, disse a Corte Eleitoral na cartilha.
“O negro, nessa construção, é associado ao tráfico de crianças, drogas e armas, ao comércio de produtos contrabandeados”.