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O julgamento de Paulo Cupertino, acusado de assassinar o ator Rafael Miguel e seus pais em 2019, foi anulado pela Justiça de São Paulo nesta quinta-feira (10). A decisão ocorreu no início da noite, após o réu destituir seu advogado, Alexander Neves Lopes, por alegar que se sentia “indefeso”. A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça (TJ) através de sua assessoria de imprensa.
O juiz Antonio Carlos Pontes de Souza agora é responsável por agendar um novo júri, mas até o momento ainda não há uma data definida para o reinício do processo, que envolve também os amigos de Cupertino, Eduardo Jose Machado e Wanderley Antunes Ribeiro Senhora.
De acordo com o Ministério Público (MP), Paulo Cupertino, de 54 anos, é acusado de ter disparado 13 tiros que resultaram na morte de Rafael, de 22 anos, e de seus pais, João Alcisio Miguel, de 52, e Miriam Selma Silva Miguel, de 50. O crime ocorreu em 9 de junho de 2019, na Zona Sul de São Paulo, motivado por ciúmes em relação ao namoro da filha de Cupertino, Isabela Tibcherani, com o ator, que na época tinha 18 anos e atualmente tem 23.
Cupertino responde pelo crime de triplo homicídio duplamente qualificado, com motivos fúteis e por ter impossibilitado a defesa das vítimas. Enquanto isso, Eduardo Machado e Wanderley Senhora enfrentam acusações de favorecimento ilegal, por supostamente terem ajudado Cupertino a fugir e se esconder após os assassinatos. Ambos respondem ao processo em liberdade.
O julgamento teve início por volta das 15h30 no Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste, mas foi interrompido às 19h30, quando o juiz dissolveu o Conselho de Sentença. Como a lei não permite que um réu seja julgado sem um defensor, Cupertino terá que constituir um novo advogado, que precisará se familiarizar com o caso. Além disso, sete novos jurados deverão ser selecionados e as testemunhas ouvidas novamente, apesar de alguns depoimentos já terem sido realizados.
Paulo Cupertino ficou foragido por três anos após os crimes e chegou a estar na lista de procurados da Interpol. Ele foi capturado em maio de 2022, disfarçado, em um hotel na zona sul de São Paulo. O crime chocou a sociedade, não apenas pela brutalidade, mas também pelo histórico de ciúmes e conflitos familiares que culminaram na tragédia.