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Um caça russo Su-30 interceptou nesta quarta-feira um avião espião e dois caças britânicos sobre o mar Negro, que mudaram de curso após a aproximação da aeronave russa, informou em comunicado o Ministério da Defesa da Rússia.
“O avião russo retornou à sua base. Não foi permitida a violação da fronteira estatal da Rússia”, acrescentou a Defesa.
O comando russo enfatizou que o voo do caça foi realizado estritamente de acordo com as normas internacionais para o uso do espaço aéreo sobre águas neutras e respeitando as medidas de segurança.
A Rússia intercepta periodicamente aeronaves militares estrangeiras sobre águas neutras e em outubro do ano passado a Força Aérea russa enviou um caça MiG-31 para acompanhar um avião de patrulha Poseidon da Força Aérea da Noruega sobre o mar de Barents, que se aproximava da fronteira estatal russa.
Dois dias antes do incidente com o avião norueguês, a aviação russa interceptou também dois bombardeiros estratégicos B-1B dos Estados Unidos no mar Báltico.
Também em outubro, a Força Aérea russa detectou um avião espião RC-135 e dois caças britânicos no mar Negro e interceptou um avião espião estadunidense Poseidon P-8A sobre o mar da Noruega.
Outro MiG-31 já havia interceptado um Poseidon em 18 de setembro passado, quando se aproximava do território russo no mar de Barents.
As crescentes tensões entre Rússia e Ocidente devido à guerra na Ucrânia estão cada vez mais evidentes. O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou na semana passada o envio de tropas para o flanco ocidental diante da expansão da OTAN no leste e da “implicação da Suécia e da Finlândia na Aliança” e ameaçou com “consequências trágicas” caso a Aliança envie tropas para a Ucrânia, como vinha sugerindo o presidente francês, Emmanuel Macron.
Durante seu discurso à Assembleia Federal russa, Putin destacou que será restabelecido os distritos militares das províncias de Moscou e Leningrado, uma medida “necessária” diante dos últimos acontecimentos no âmbito da invasão.
“Estiveram falando sobre a possibilidade de enviar contingentes militares da OTAN para a Ucrânia. Lembremos o destino daqueles que enviaram contingentes contra nosso país. Agora as consequências para os possíveis intervencionistas serão muito mais trágicas”, afirmou o mandatário.
Nesse sentido, esclareceu que é necessário “compreender que a Rússia também tem armas”.
“Eles sabem disso, também temos armas que podem atingir objetivos em seu território”, pontuou antes de afirmar que o ocidente está “assustando o mundo inteiro e ameaçando provocar um conflito nuclear que, portanto, levará à destruição da civilização”.
“Não entendem? São pessoas que não passaram por provas difíceis. Já esqueceram o que é a guerra”, asseverou Putin, que destacou que os militares russos continuam avançando com “confiança” no terreno e realizando ofensivas em “várias direções”.
“As capacidades de combate das Forças Armadas continuam aumentando. Nossas unidades mantêm firmemente a iniciativa, avançam com confiança em uma série de direções e liberam cada vez mais territórios”, declarou antes de acrescentar que fará o possível para encerrar o mais rápido possível a guerra no Donbás.
(Com informações da EFE)