Nesta segunda-feira (8), a Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) confirmaram que o radar fixo localizado na Av. Salim Farah Maluf, Zona Leste de São Paulo, estava desligado no momento do acidente envolvendo um Porsche avaliado em R$ 1,3 milhão. O equipamento estava inoperante desde o dia 24 de março, conforme informações da CET.
O acidente, que resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, ocorreu na madrugada do dia 30 de março. O radar, situado cerca de 500 metros antes do local da colisão, poderia ter registrado a velocidade do veículo conduzido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos.
A CET informou que os equipamentos da via estão passando por atualização tecnológica, conforme determinado pela Resolução 798 do CONTRAN, e devem ser restabelecidos até o final do mês de abril. Além da Salim Farah Maluf, outros pontos da cidade estão sem radares devido ao processo de atualização iniciado em fevereiro de 2024.
A Polícia Civil, responsável pela investigação do caso, deve ouvir ainda nesta semana a namorada do proprietário do Porsche. Segundo o delegado assistente da 5ª Seccional Leste, Carlos Henrique Ruiz, o depoimento dela é considerado fundamental para esclarecer os eventos que antecederam o acidente.
Após o ocorrido, Fernando Sastre foi indiciado por homicídio doloso, com dolo eventual. A Polícia Civil solicitou à Justiça um novo pedido de prisão preventiva, argumentando a gravidade do crime e o risco de reiteração delitiva. A promotora de Justiça Monique Ratton endossou o pedido, recomendando ainda a suspensão da habilitação e a apreensão do passaporte do investigado. Além disso, foi solicitada uma fiança de R$ 500 mil devido à capacidade financeira do acusado, que é sócio de uma construtora na capital paulista.