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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta sexta-feira (4) a taxação das grandes fortunas durante participação em evento do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como o banco dos Brics, no Rio de Janeiro. Em sua fala, ele citou a concentração de renda global e afirmou que é preciso repensar a carga tributária sobre os mais ricos.
“Houve uma redução muito grande das alíquotas cobradas dos super-ricos, praticamente em todo o mundo. Isso precisa ser repensado. A concentração de renda no mundo está atingindo patamares inimagináveis”, disse o ministro durante palestra no encontro.
Haddad também mencionou dados sobre desigualdade: “Em um planeta com 8 bilhões de habitantes, 3.000 famílias acumulam uma riqueza de US$ 15 trilhões. Se nós não ousarmos um pouco, não formos para além de mecanismos de financiamento, nós vamos ter muita dificuldade de enfrentar os desafios”.
Durante a apresentação, o ministro destacou ainda que muitos países continuarão enfrentando restrições fiscais. Segundo ele, crises como a de 2008 e a pandemia da Covid-19 desorganizaram as finanças globais. “Mesmo com a possível redução das taxas de juros, que ainda demoram a reagir positivamente, ainda temos um quadro fiscal bastante preocupante, tanto do mundo desenvolvido quanto dos países devedores em moeda forte, como é o caso dos países da África, de algumas nações da Ásia e de algumas nações sul-americanas”, afirmou.
Antes de discursar, Haddad concedeu entrevista à imprensa em que comentou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) em decisões recentes. Ele elogiou a Corte, citando como exemplo a suspensão de decretos sobre o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). “O STF tem atuado com responsabilidade”, afirmou, ao negar que haja crise entre os Poderes no Brasil.
A fala ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinar a suspensão de medidas relacionadas ao IOF, incluindo decretos editados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o decreto legislativo aprovado pelo Congresso Nacional.
