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Em um ato realizado em São Paulo para “comemorar” os dois anos do ataque do Hamas a Israel, o médico palestino-brasileiro Ahmed Shehada, cujo irmão foi um líder do grupo extremista assassinado em 2002, afirmou que os brasileiros mortos no conflito eram “bandidos”. O evento, convocado pelo Partido da Causa Operária (PCO) na sede do sindicato de professores Apeoesp, foi intitulado “comemoração à heroica Operação Dilúvio de Al-Aqsa”.
Durante o discurso, Shehada se referiu a Israel como uma terra ocupada e questionou a presença de brasileiros na região:
“Onde moram lá [em Israel] são bandidos importados e trazidos da Europa, com nada a ver com essa terra, alguns até brasileiros. Mas foram mortos brasileiros. Mas o que estava fazendo brasileiro lá? Nessa terra? Um bandido”, declarou.
Em 7 de outubro de 2023, o Hamas invadiu uma região no sul de Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo 251 reféns. A ação deu início ao atual conflito na Faixa de Gaza. Entre as vítimas fatais, quatro eram brasileiras: Michel Nisenbaun, Karla Stelzer, Ranani Glazer e Bruna Galeanu.
Shehada, que é refugiado, também defendeu a ação do Hamas, argumentando que 75% da população de Gaza é composta por refugiados que foram expulsos de suas terras.
“Eles esperaram 75 anos para poder voltar para sua casa. E aqueles que vivem lá hoje, eles são filhos ou netos daqueles que foram expulsos justamente das cidades e aldeias que foram supostamente invadidas”, disse.
O evento ocorreu na sede do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), no centro da capital paulista. Em nota, a entidade se defendeu, afirmando que apenas cedeu o espaço e não teve relação com o conteúdo do evento.