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O Ministério Público Federal quer transferir do TRF-1 para o STF a decisão sobre a possibilidade de descobrir e investigar quem banca a defesa de Adélio Bispo de Oliveira.
Junto com a PF, o órgão trabalha a hipótese de que o financiador do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior tenha participação no atentado contra Jair Bolsonaro, há um ano.
O MPF quer que o Supremo destrave a investigação — parada desde março, por decisão do desembargador Néviton Guedes — por temor de que as provas se percam com o tempo.
Como informamos mais cedo, o TRF-1 adiou de quarta (18) para o dia 2 de outubro o julgamento de um recurso do MPF e da AGU para retomar essa investigação.
Além de evitar novas idas e vindas com recursos — a OAB quer parar a apuração e poderia ainda pedir a paralisação no STJ — uma decisão favorável do STF também poderia atenuar a forte blindagem, hoje predominante nos tribunais, sobre os advogados, que impede investigações sobre suas fontes de financiamento e até que ponto elas favorecem os criminosos.
Na sexta, Néviton Guedes negou pedido do MPF para levar a discussão ao STF, mas a questão voltará a ser debatida na sessão do dia 2 de outubro junto com outros seis desembargadores.