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Equador vai às urnas num contexto de crise e esquerda de Rafael Correa pode voltar ao poder

A eleição presidencial e legislativa no Equador acontece neste domingo (7) em um contexto de crise econômica e sanitária devido a pandemia de Covid-19, que atingiu duramente o país no ano passado Dezesseis candidatos a presidente estão na disputa. Em jogo, a volta ao poder do partido do ex-presidente de esquerda Rafael Correa, condenado por corrupção. O economista Andrés Arauz, herdeiro político de Correa, é o favorito segundo várias pesquisas. Seu principal adversário é o candidato conservador, Guillermo Lasso. Treze milhões de eleitores estão aptos a votar.

O encanador, Jorge Rivera, de 60 anos, está há várias horas esperando perto da Rádio Cristal, uma estação FM de Guayaquil que transmite anúncios de empregos. A sede da rádio se tornou um ponto de encontro de trabalhadores autônomos como Jorge. Mas a oferta é pequena. Nos últimos dez dias, Jorge ganhou apenas US$ 150 por dois dias de trabalho.

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Sem tirar sua máscara de proteção, o encanador faz um discurso contra o governo do atual presidente Lenín Moreno, eleito com o apoio da esquerda, mas que deu uma guinada neoliberal durante seu mandato. Jorge, como muitos equatorianos modestos, tem saudade de Rafael Correa. Ele lembra que os dois mandatos do ex-presidente de esquerda foram marcados pelo crescimento econômico e redistribuição da renda do petróleo.

“Antes havia trabalho para todos. Professores e médicos recebiam seus salários e os funcionários públicos nos davam trabalho”, recorda Jorge. “Não há mais trabalho e a pandemia piorou as coisas”, acrescenta o encanador.

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Mais 3,2 milhões de pobres

O número exato de mortes pela Covid-19 no Equador é desconhecido, mas nos piores momentos da pandemia no primeiro semestre de 2020, a mortalidade dobrou em comparação com um mês normal. O lockdown decretado pelo governo para tentar frear o surto agravou a situação econômica, já debilitada pela queda do preço do petróleo.

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O próximo presidente do Equador, assumirá um país altamente endividado e empobrecido: 3,2 milhões de pessoas caíram na pobreza em 2020, segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). Os dados oficiais sobre o crescimento no ano passado ainda não foram divulgados, mas a previsão é de uma queda de 10% do PIB em 2020, antes de uma recuperação de cerca de 3% em 2021.

Para enfrentar a crise, Lenín Moreno fez, no final de seu mandato, um acordo com Fundo Monetário Internacional para obter empréstimos. Apesar da crise sanitária, decretou uma drástica redução de US$ 4 bilhões de dólares nos gastos públicos, demitiu centenas de professores e médicos, e flexibilizou a legislação trabalhista.

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Três homens, três programas

Às vésperas das eleições, os três principais candidatos com mais intenções de votos nas pesquisas concordam que um dos objetivos prioritários é a reativação da economia. Mas o método proposto difere de um candidato para outro.

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Até então desconhecido do público, economista Andrés Arauz, de apenas 36 anos, fez campanha prometendo a volta às políticas de redistribuição de seu mentor Rafael Correa, presidente de 2007 a 2017. Uma de suas principais promessas é um auxílio imediato de US$ 1 mil para um milhão de famílias carentes. A medida é taxada de “populista” por seus adversários e por vários comentaristas partidários do candidato de conservador Guillermo Lasso. O banqueiro multimilionário de 65 anos concorre à eleição presidencial pela terceira vez defendendo um programa neoliberal.

“Se olharmos para o programa de Guillermo Lasso, encontramos medidas como a flexibilização da legislação trabalhista para os jovens, redução de impostos e criação de zonas francas, ou seja, a transformação do Equador em um paraíso fiscal”, observa o economista Jonathan Baez, entrevistado pela RFI em Quito.

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Por outro lado, Andrés Arauz “propõe salvar famílias e não bancos, e manter o imposto sobre a saída de divisas para que os dólares fiquem no Equador”, acrescenta o economista que considera que os cortes orçamentários do governo atual provocaram a contração da demanda.

O terceiro candidato, Yaku Pérez, do movimento indígena “Pachakutik”, fez campanha defendendo propostas ambientais de esquerda. Ele critica o “extrativismo” em nome do respeito pela “mãe terra”. Pérez é também veementemente contra o retorno do ex-presidente Correa, exilado na Bélgica após sua condenação por corrupção.

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No entanto, os opositores do “correísmo” parecem representar uma minoria nas urnas. Andrés Arauz lidera a maioria das pesquisas e afirma que poderá vencer no primeiro turno. O voto no Equador é obrigatório, mas a expectativa de uma alta taxa de abstenção devido à pandemia e de um grande número de votos branco ou nulos trazem muitas incertezas sobre o resultado nas urnas.

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