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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convocou neste sábado a “enfrentar o antissemitismo e a violência alimentada pelo ódio”
“Hoje, no Dia Internacional em Memória do Holocausto, lamentamos um dos capítulos mais sombrios da história, quando seis milhões de judeus e muitas outras pessoas foram sistematicamente assassinadas. É nossa responsabilidade enfrentar o antissemitismo e a violência alimentada pelo ódio em todos os lugares”, escreveu o presidente em sua conta no Twitter, acompanhado de um vídeo de uma reunião com sobreviventes do Holocausto na Casa Branca.
Today, on International Holocaust Remembrance Day, we mourn one of the darkest chapters in history, when six million Jews and countless others were systematically murdered.
It's our responsibility to stand up to Antisemitism and hate-fueled violence everywhere. pic.twitter.com/7EFgIpgleZ — President Biden (@POTUS) January 27, 2024
“Estamos enfrentando o antissemitismo nas escolas, aumentando a segurança nos arredores dos centros judaicos e mais”, diz Biden no vídeo. “O silêncio é cumplicidade”, repete no final do vídeo.
Por sua vez, o chanceler alemão, Olaf Scholz, fez referência ao Dia em Memória do Holocausto e aplaudiu seus concidadãos por se mobilizarem contra a extrema direita.
“Nossa responsabilidade por esse crime contra a humanidade cometido por alemães segue vigente”, declarou o social-democrata em um podcast transmitido no sábado, no qual também manifestou sua alegria por ver seu país “de pé”, com “milhões de cidadãos e cidadãs marchando pelas ruas”.
Há duas semanas, milhares de alemães se manifestam em todo o país contra as tendências radicais do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD).
Este fim de semana estão previstas mais de 300 marchas, segundo a aliança cidadã Campact, uma das organizadoras do movimento.
“Há o triplo de manifestações que na semana passada, especialmente no leste da Alemanha”, indicou Campact no sábado em um comunicado. Nessa região, ex-RDA, o partido AfD obtém seus melhores resultados eleitorais.
A Alemanha comemora todos os anos o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto no aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau pelos soviéticos, em 27 de janeiro de 1945.
Este ano, o 79º aniversário é celebrado em um contexto tenso, depois que o meio de investigação alemão Correctiv revelou, em 10 de janeiro, que membros da AfD discutiram a expulsão em massa de migrantes e “cidadãos não assimilados”, em uma reunião em novembro.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, comparou a reunião à “horrível conferência de Wannsee”, em 1942, na qual o regime nazista planejou o extermínio dos judeus europeus.
“‘Nunca mais’ exige que todos vigiemos. Nossa democracia não é um dom de Deus, está feita pelo homem”, alertou Scholz.
Por que se comemora o Dia Internacional das Vítimas do Holocausto
Em 27 de janeiro de 1945, as tropas soviéticas entraram no campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, o maior dos criados pelo regime nazista durante a Segunda Guerra Mundial, e libertaram mais de sete mil prisioneiros que, apesar de não poderem se manter em pé pela desnutrição, as doenças que os deixaram agonizantes, conseguiram sobreviver ao acúmulo, as torturas e o trabalho forçado idealizado pelo regime de Adolf Hitler, que colocou em prática com mortífero sucesso sua “solução final”.
Nesses campos de concentração foram assassinados mais de seis milhões de judeus no que se conhece como o maior extermínio humano da história: o Holocausto. Em sua memória, em 1º de novembro de 2005, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou essa data como o Dia Internacional de Conmemoração em Memória das Vítimas do Holocausto.
O Holocausto não foi apenas produto da brutalidade da guerra, mas um programa genocida, ideologicamente planejado e executado pelas autoridades alemãs.
(Com informações da AFP)