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Mais de 1.500 municípios brasileiros enfrentam falta de vacinas, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (13) pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). O estudo, realizado entre 2 e 11 de setembro e abrangendo 2.415 cidades, revela que a escassez de imunizantes afeta principalmente as crianças. As vacinas em falta incluem aquelas contra varicela, covid-19 e meningocócica C.
A pesquisa aponta que 1.563 municípios, o que representa 64,7% dos participantes e cerca de 28% do total de municípios no Brasil, estão com falta de vacinas há pelo menos 30 dias. Entre eles, 1.210 localidades enfrentam desabastecimento da vacina contra varicela, com uma média de mais de 90 dias sem o imunizante. A vacina contra a covid-19 para crianças está em falta em 770 cidades, com uma média de 30 dias sem a substância. Já a vacina meningocócica C, que previne infecções graves como a meningite, está ausente em 546 municípios, com uma média de 90 dias sem.
Os estados de Santa Catarina, Pernambuco e Paraná são os mais afetados, com altas porcentagens de municípios relatando falta de vacinas. No Sudeste, região com maior número de municípios com falta de vacinas, 595 cidades relataram o problema, seguidas pelas regiões Sul, Nordeste, Centro-Oeste e Norte.
A CNM destaca que o Ministério da Saúde é responsável pela aquisição e distribuição das vacinas, enquanto os estados devem fornecer seringas e agulhas para a vacinação. A pesquisa também aponta uma escassez de vacinas contra a covid-19 para adultos em 269 cidades.
Paulo Ziulkoski, presidente da CNM, expressou preocupação com a situação, enfatizando que, apesar da vacinação ter sido um foco no desfile de 7 de setembro, muitas cidades ainda enfrentam a falta de imunizantes essenciais. Ele reforçou a necessidade de uma resposta rápida do Ministério da Saúde para evitar o retorno de doenças graves.
No início deste ano, a CNM já havia destacado que as metas de cobertura vacinal nos últimos cinco anos não foram atingidas em todo o país, com exceção da vacina BCG em 2022. A vacina meningocócica C, em particular, teve uma cobertura de apenas 82,5% em 2023, abaixo da meta de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde.