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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe hoje o presidente da França, Emmanuel Macron, em Belém (PA). A agenda inclui uma reunião em um barco às margens da Baía de Guajará, apresentação de projetos de desenvolvimento sustentável do cacau, reunião com indígenas e líderes comunitários. É a primeira vez que o presidente francês visita o solo amazônico. Os temas em discussão entre os líderes são mudança climática e proteção das florestas, com foco na Amazônia.
Posteriormente, visitarão a Ilha de Combú, onde conhecerão projetos sustentáveis, líderes indígenas e comunitários locais. A intenção de Lula é apresentar a Macron a realidade complexa do local.
O governo brasileiro prepara uma refeição amazônica para Macron, levando em conta suas restrições alimentares. A visita do presidente francês a Belém é carregada de simbolismo, destacando a preocupação de Lula com a proteção das matas do país.
Belém foi escolhida para o roteiro devido à sua futura sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Além de questões ambientais, a visita de três dias de Macron aborda aspectos econômicos, energéticos e políticos.
É a primeira visita de Macron a um país latino-americano desde que assumiu o cargo. A França é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil.
A segunda cidade a ser visitada por Macron é Itaguaí, no Rio de Janeiro, onde ele participará do lançamento de um submarino de propulsão convencional. A cerimônia inclui a submersão do submarino, que leva cerca de 30 minutos, e será realizada pela primeira-dama, Rosângela da Silva.
Depois, Macron seguirá para São Paulo, enquanto Lula retornará a Brasília. Em São Paulo, o foco será econômico, incluindo um almoço empresarial na sede da Fiesp e um encontro com personalidades da cultura brasileira.
Em Brasília, Macron será recebido novamente por Lula no Palácio do Planalto com honras de Estado. Na reunião bilateral, serão discutidos vários temas, incluindo o acordo Mercosul-União Europeia, o conflito na Faixa de Gaza e a guerra na Ucrânia. Os dois assinarão acordos conjuntos e almoçarão no Palácio do Itamaraty.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, Macron e Lula devem assinar cerca de 15 textos, envolvendo cooperação e intercâmbio em várias áreas. Outros 15 temas ainda estão em negociação entre as partes.