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### Estudo Revela Redução no Armazenamento de Carbono Florestal no Oeste dos EUA
Um novo estudo publicado na revista *Earth’s Future* alerta para a diminuição do armazenamento de carbono nas florestas do oeste dos Estados Unidos, atribuindo essa queda principalmente à seca e aos incêndios florestais. A pesquisa, liderada por Jazlynn Hall, ecologista florestal e paisagista do Cary Institute of Ecosystem Studies, abrangeu o período de 2005 a 2019 e revelou tendências preocupantes que podem comprometer os esforços de mitigação das mudanças climáticas.
As florestas têm sido vistas como uma solução natural para a crise climática devido à sua capacidade de absorver dióxido de carbono da atmosfera. No entanto, as descobertas recentes sugerem que, em grande parte do oeste dos EUA, as mudanças climáticas e os incêndios estão diminuindo essa capacidade. “Há um grande ímpeto para usar as florestas como soluções climáticas naturais”, afirmou Hall. “Queríamos fornecer uma linha de base para quanto carbono está atualmente armazenado nas florestas ocidentais, como está mudando e como distúrbios como incêndio e seca representam uma ameaça às metas de mitigação climática.”
### Impacto Regional e Ferramentas para a Gestão Florestal
O estudo utilizou dados do Serviço Florestal dos EUA para estimar o carbono armazenado em árvores vivas e mortas em 19 ecorregiões, variando do seco sudoeste ao úmido noroeste do Pacífico. Com a ajuda de aprendizado de máquina, os pesquisadores identificaram o clima e os incêndios como os principais fatores por trás das mudanças no armazenamento de carbono.
“Nosso estudo desenvolve novos métodos para estimar cuidadosamente o armazenamento de carbono florestal em nível regional, rastreá-lo ao longo do tempo e diagnosticar as causas das mudanças”, disse Park Williams, hidroclimatologista da UCLA e coautor do estudo. A equipe espera que esses métodos ajudem a monitorar os níveis de carbono e avaliar o impacto das estratégias de manejo florestal, como desbaste e queima prescrita.
### Preocupações com o Futuro das Florestas Ocidentais
Os resultados mostram que o carbono armazenado em árvores vivas diminuiu em grande parte do oeste dos EUA entre 2005 e 2019, enquanto o carbono morto aumentou. Árvores mortas e troncos caídos liberam carbono de volta para a atmosfera por meio de decomposição ou combustão em incêndios florestais. As práticas de supressão de fogo do passado contribuíram para o aumento da densidade de combustíveis nas florestas, exacerbando a gravidade dos incêndios recentes.
“As florestas secas no oeste dos EUA podem ser agudamente vulneráveis à perda de carbono sem um investimento forte e imediato no manejo florestal proativo”, alertam os cientistas. Contudo, o estudo identificou o noroeste do Pacífico como uma área com potencial de armazenamento de carbono em crescimento, graças aos esforços de conservação e manejo florestal.
### Perspectivas para o Futuro
A equipe de pesquisa planeja atualizar a análise quando novos dados estiverem disponíveis, especialmente considerando os incêndios recordes de 2020 e 2021. “É provável que o declínio do carbono vivo que calculamos já tenha se tornado mais pronunciado”.
O estudo sublinha a necessidade de uma abordagem mais estratégica e direcionada para a gestão florestal. Winslow Hansen, ecologista florestal do Cary Institute e autor sênior do estudo, está liderando o programa de pesquisa Western Fire and Forest Resilience Collaborative para desenvolver novas maneiras de viver de forma sustentável com o fogo. “Essa linha de base ajudará a rastrear o progresso futuro em direção às metas de mitigação climática e informará estratégias de manejo florestal adaptadas às condições locais”.
### Conclusão
As descobertas ressaltam que, embora as florestas ocidentais possam não ser capazes de aumentar significativamente o armazenamento de carbono, estratégias de manejo adequadas podem estabilizar os níveis atuais e minimizar as emissões catastróficas de carbono. “Essas informações podem servir como base para estratégias de manejo florestal para maximizar o armazenamento de carbono onde pudermos”. Os resultados e conclusões do estudo são dos autores e não representam necessariamente políticas oficiais do USDA ou do governo dos EUA.