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A Organização Mundial da Saúde (OMS) está em alerta devido ao aumento dos casos de mpox, ou varíola dos macacos, na África, impulsionado por uma nova variante mais mortal e transmissível.
A República Democrática do Congo (RDC) é o epicentro desse surto, com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, planejando convocar um comitê de especialistas para avaliar se a situação deve ser classificada como uma emergência de saúde pública internacional.
Nos últimos 11 meses, o Ministério da Saúde da RDC registrou mais de 11 mil casos de mpox, resultando em 450 mortes, principalmente entre jovens. O surto teve início em setembro de 2023, entre profissionais do sexo no leste do país. Desde então, a doença se espalhou para países vizinhos como Quênia, Ruanda, Burundi e Uganda, além de casos reportados na Costa do Marfim.
Desde a identificação do vírus em humanos em 1970, na RDC (antigo Zaire), a África tem enfrentado surtos regulares de mpox, como o ocorrido na Nigéria em 2017. O contágio ocorre tanto pelo contato com animais infectados quanto pela transmissão sexual. No entanto, a nova variante também está se espalhando sem contato sexual, com casos relatados entre mães e filhos e em escolas.
A nova variante do vírus provoca erupções cutâneas mais extensas, aumentando a preocupação entre especialistas, especialmente devido à proximidade dos surtos à cidade de Goma, que possui um aeroporto internacional, elevando o risco de propagação global.
Existem tratamentos disponíveis para a varíola dos macacos, incluindo duas vacinas específicas, mas a disponibilidade é limitada nos países afetados. Tedros Adhanom faz um apelo por maior financiamento e apoio internacional para enfrentar o surto, destacando que a eficácia dos tratamentos contra a nova variante ainda é incerta.
Para tratar os infectados, são necessárias medidas rigorosas de isolamento, uma vez que a recuperação pode levar até três semanas, com sintomas como erupções cutâneas dolorosas, febre, fadiga muscular e dor de cabeça.
O surto epidêmico de 2022 afetou cerca de 100 países, com quase 100.000 casos registrados pela OMS até o final de 2023. A situação atual na África destaca a necessidade urgente de ações coordenadas para controlar a propagação do mpox.