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Israel atraiu um comandante do Hezbollah, que há muito tempo se mantinha escondido, com uma ligação misteriosa momentos antes de lançar o ataque aéreo fatal que o mataria e levaria o grupo terrorista a prometer vingança, segundo o Wall Street Journal.
Fuad Shukr, que conseguiu escapar até mesmo dos Estados Unidos por quatro décadas, foi morto em 30 de julho ao receber uma ligação no bairro de Dahiyeh, no sul de Beirute, conforme informou um oficial do Hezbollah ao Wall Street Journal.
A ligação, feita à noite, instruía o comandante do Hezbollah a subir até o sétimo andar de seu prédio. Um míssil israelense atingiu o complexo por volta das 19h, matando Shukr, sua família e ferindo 70 outras pessoas, de acordo com o ministério da saúde do Líbano.
Oficiais do grupo terrorista acreditam que a ligação foi feita por alguém que havia infiltrado sua rede de comunicações internas, revelando falhas na inteligência do Hezbollah que comprometeram um de seus líderes mais importantes e evasivos.
Shukr foi um dos principais fundadores do Hezbollah e um aliado de confiança do chefe Hassan Nasrallah, ambos apoiando os ataques contínuos do grupo terrorista contra Israel desde 8 de outubro.
Apesar de sua posição de destaque, o comandante manteve-se longe dos holofotes desde os atentados de 1983 em Beirute, onde militantes detonaram dois caminhões-bomba em quartéis militares na cidade, matando 241 militares americanos.
Shukr era tão furtivo que até mesmo pessoas que moravam no mesmo prédio onde ele se escondia e operava não faziam ideia de quem ele era.
“Ele era como um fantasma”, disse um vizinho ao veículo sobre Shukr, que ele nunca viu no complexo.
A natureza sombria do oficial do Hezbollah o acompanhou até o túmulo, com os meios de comunicação libaneses inicialmente publicando fotos do homem errado após o ataque aéreo de julho.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) miraram Shukr após ele supostamente ter autorizado o ataque de foguetes contra as Colinas de Golã, controladas por Israel, que matou 12 jovens e deixou outros 40 civis feridos.
Horas após o assassinato de Shukr, o chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em um suposto bombardeio israelense enquanto visitava Teerã.
Nasrallah, desde então, prometeu vingança contra Israel, com o chefe do Hezbollah ameaçando um ataque direto a Israel, o que, segundo autoridades, poderia fazer com que a guerra em Gaza se espalhasse para o Líbano.
Apesar das crescentes tensões, os ataques diários entre as IDF e o Hezbollah continuam, com Israel matando outro comandante importante, Hussein Ibrahim Kassab, no sábado.
O ataque de drone que matou Kassab ocorreu enquanto Israel lançava outro ataque aéreo na cidade de Nabatieth, no sul, matando 10 pessoas.
O grupo terrorista retaliou lançando 55 foguetes no norte de Israel, com alguns caindo em áreas abertas novamente e provocando vários incêndios.