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Na tarde da última sexta-feira (8), o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi brutalmente executado com 10 tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. O ataque aconteceu por volta das 16h, quando dois homens armados se aproximaram do empresário, que estava na saída da área de desembarque do Terminal 2. Os criminosos desceram de um carro preto e dispararam contra Gritzbach, fugindo logo em seguida.
Segundo informações da Polícia Civil de São Paulo à TV Globo, ao todo foram efetuados 29 disparos, utilizando calibres diversos. Gritzbach foi atingido por 4 tiros no braço direito, 2 no rosto, 1 nas costas, 1 na perna esquerda, 1 no tórax e 1 no flanco direito, uma região entre a cintura e a costela.
A Polícia Civil apreendeu duas armas nas proximidades do local do atentado, um fuzil e uma pistola, que estavam dentro de uma sacola, abandonada pouco depois do carro dos criminosos, a aproximadamente 7 km do aeroporto.
O empresário era alvo de investigações devido a seu suposto envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Em março deste ano, Gritzbach havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), oferecendo informações sobre esquemas de lavagem de dinheiro. Durante os depoimentos, ele acusou um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de tentar extorqui-lo, exigindo dinheiro para não envolvê-lo no assassinato de um membro do PCC, identificado como Anselmo Santa, o “Cara Preta”. Além disso, Gritzbach forneceu dados que levaram à prisão de dois policiais civis do Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
Apesar das ameaças e da proposta de proteção oferecida pelo MP-SP, o empresário recusou a segurança fornecida pelo órgão, optando por contratar seus próprios seguranças, quatro policiais militares. Nenhum desses seguranças estava presente no momento do atentado. De acordo com depoimentos de dois dos policiais, um dos carros que estava escalado para buscar Gritzbach e sua namorada no aeroporto teve problemas na ignição. O outro veículo, que transportava quatro pessoas, precisou retornar para deixar um ocupante em um posto de combustível, o que impediu a segurança de estar com o empresário no momento do ataque fatal.
Até o momento da publicação desta reportagem, os responsáveis pelo assassinato de Gritzbach permanecem foragidos. O caso segue sendo investigado pelas autoridades.