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A Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarulhos, na Grande São Paulo, vai investigar por que não havia nenhum agente na base da corporação no Aeroporto Internacional de São Paulo no momento em que um delator do PCC foi executado com dez tiros.
O crime aconteceu na tarde de sexta-feira (8), bem em frente ao micro-ônibus da GCM que fica estacionado no aeroporto, mas nenhum guarda estava no local para prestar suporte ou intervir na ação dos atiradores.
Segundo o comando da GCM, naquele mesmo horário, os agentes da corporação, que andam armados, atendiam a uma outra ocorrência, junto à Delegacia da Polícia Civil de Cumbica.
Segundo a TV Globo, a gestão municipal quer saber se a ocorrência foi “plantada” para desviar a atenção dos guardas na hora do tiroteio ou se foi apenas uma coincidência. A sindicância foi aberta no sábado (9).
Funcionários da prefeitura, ouvidos pela TV Globo, admitiram, no entanto, que os agentes pouco conseguiriam fazer no momento da ação, devido ao armamento pesado que os atiradores usaram no assassinato do delator Antonio Vinicius Lopes Gritzbach.
“Os GCMs ficam naquela base móvel mais para dar informação, conter algum tipo de pequeno tumulto, da pessoa que fica revoltada com um voo que atrasou, uma briga de motoristas de aplicativo, overbooking etc. Por isso que são sempre GCMs recém-formados, que fazem rodízio nesse posto”, admitiu uma fonte da gestão do prefeito Gustavo Guti (PSD) à emissora.
“A GCM ali não ia ter preparo para combater quatro caras armados de fuzil, mas temos que investigar tudo”, completou.
Por meio de nota enviada pela Prefeitura de Guarulhos, a GCM disse que a base serve apenas como apoio dentro do terminal para garantir a segurança da via.
No tiroteio, outras três pessoas foram atingidas. Um motorista de aplicativo morreu e um empregado terceirizado do terminal e uma mulher que estava no local ficaram feridos.
Gritzbach se recusou a entrar no programa de proteção do Ministério Público porque alegava que podia bancar a própria segurança e não queria abrir mão do estilo de vida que levava.
Gritzbach era investigado por envolvimento com o PCC e, em março, havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro.
Nos depoimentos, ele acusou um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de exigir dinheiro para não o implicar no assassinato de um integrante do PCC.
Além disso, ele deu informações que levaram à prisão de dois policiais civis que trabalhavam no Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).