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Transformação do mercado de trabalho: impacto da inteligência artificial pode reconfigurar o setor até 2050
A transformação da força de trabalho impulsionada pela inteligência artificial (IA) pode reconfigurar profundamente o mercado de trabalho global antes de 2050, segundo uma análise publicada pela Forbes com base em relatórios da PwC, McKinsey e do Fórum Econômico Mundial. As estimativas indicam que até 60% dos empregos atuais precisarão de adaptações significativas devido à automação e aos sistemas inteligentes.
Em meio a tensões comerciais persistentes e à incerteza econômica, o avanço da IA aumenta a pressão sobre os trabalhadores, que precisam antecipar seu impacto e se adaptar. O megainvestidor e fundador do fundo de hedge Bridgewater, Ray Dalio, alertou que aqueles que se prepararem agora terão mais chances de influenciar o futuro econômico.
Tempos de transformação e setores mais expostos
De acordo com a McKinsey, até 2030, 30% dos empregos nos Estados Unidos poderão ser automatizados, enquanto 60% sofrerão alterações com o uso de ferramentas de IA. A Goldman Sachs prevê que até 50% dos empregos poderão ser totalmente automatizados até 2045, impulsionados pela IA generativa e pela robótica. A empresa também estima que cerca de 300 milhões de empregos — ou 25% da força de trabalho mundial — poderão ser deslocados.
No entanto, empregos manuais, como os da construção civil, ofícios especializados, instalações, reparos e manutenção, tendem a resistir mais à automação, segundo as previsões.
Dalio alertou para um possível “grande desalavancagem”, em que o aumento da produtividade impulsionado pela IA poderia eliminar empregos mais rapidamente do que novos postos são criados — um processo que pode se intensificar nas próximas duas décadas.
Larry Fink, CEO da BlackRock, afirmou recentemente no Economic Club de Nova York que a reestruturação dos trabalhos administrativos já é visível nas áreas de finanças e serviços jurídicos, projetando mudanças profundas antes de 2035.
Profissões mais vulneráveis à IA
O impacto da IA não será homogêneo. Segundo um estudo de 2024 do Institute for Public Policy Research, 60% das tarefas administrativas são automatizáveis. A BlackRock já utiliza IA para otimizar funções internas, enquanto no setor bancário, Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, alertou que 20% dos cargos analíticos podem ser afetados até 2030.
Entre as ocupações mais vulneráveis estão:
- Entrada de dados, agendamento de compromissos e atendimento ao cliente, onde chatbots e automação robótica substituem tarefas repetitivas.
- Contabilidade básica, modelagem financeira e análise de dados, com ferramentas como o terminal da Bloomberg superando analistas humanos em velocidade e precisão.
- Trabalho jurídico de apoio e redação de contratos, onde tecnologias como Harvey e CoCounsel atingem uma precisão de 90%, segundo um estudo da Stanford de 2025.
- Design gráfico, redação publicitária e jornalismo básico, impulsionados por plataformas como DALL-E e tecnologias baseadas no GPT.
- Programação e ciência de dados, áreas em que a IA acelera a produtividade, mas também automatiza tarefas rotineiras. Um relatório do Fórum Econômico Mundial estima que 40% das tarefas de programação poderão ser automatizadas até 2040.
Setores onde os humanos ainda prevalecerão
Em contraste, profissões que exigem empatia, como enfermagem, terapia e trabalho social, demonstram maior resiliência. Uma pesquisa da The Lancet de 2023 prevê que apenas 25% das tarefas administrativas médicas desaparecerão até 2035, mas o cuidado direto ao paciente continuará essencialmente humano.
Áreas como educação e liderança estratégica também devem sofrer menor impacto. Um relatório da OCDE de 2024 sugere que apenas 10% das tarefas de ensino serão automatizadas até 2040, e tanto Jamie Dimon quanto Bill Ackman ressaltam que a gestão de equipes e a tomada de decisões em situações ambíguas continuarão a exigir inteligência emocional.
Perspectivas para o futuro
Embora o ritmo de transformação dependa dos avanços tecnológicos, das regulamentações e dos incentivos econômicos, a maioria dos especialistas concorda que entre 50% e 60% dos empregos estarão automatizados ou transformados até 2040, podendo chegar a 80% até 2050, caso a inovação mantenha seu ritmo atual, segundo comentou o secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Para se manter competitivo, o artigo recomenda fortalecer habilidades como pensamento crítico e alfabetização digital, focar em setores mais resistentes à automação — como saúde e educação — e investir em programas de requalificação profissional.
