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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, comentou sobre o risco de desabastecimento de combustíveis no Brasil. Ele defendeu, em audiência no Senado Federal, a política de Petrobras.
“A importação dos combustível leva, no mínimo, 90 dias. Hoje, temos uma parcela do mercado, cerca de 20%, que não é da Petrobras. Então, mudar qualquer coisa tem que ser uma mudança com bastante critério, com transparência e governança”, disse.
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgou pesquisa que aponta a quinta semana consecutiva de alta na gasolina, a sexta no diesel, além do aumento no gás de cozinha. Nesse cenário, Bento Albuquerque e reconheceu que, em um curto prazo, não haverá solução.
“A alta do petróleo, que só em 2021 foi de 60%, e a tendência, com a chegada do inverno no hemisfério norte, é do preço subir um pouco mais. Os senhores poderiam perguntas: ministro, o Brasil aumentou a produção dele? Mas a produção no mundo caiu. Os investimentos em petróleo e gás nos últimos três anos caíram 40% [no mundo] e, agora, nós temos uma crise de oferta e demanda”, ressaltou.
Bento justifica que o preço do barril subiu de 66 dólares em janeiro de 2020 para os atuais 84 dólares. No mesmo período, o dólar saltou de R$ 4 para a cotação de R$ 5,55.
Como alternativa, o ministro afirmou que o governo federal estuda uma reserva estabilizadora e um “colchão tributário” para conter as oscilações dos combustíveis.