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O Governo Central, composto pelo Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, apresentou um superávit primário de R$ 11,1 bilhões em abril, segundo dados divulgados nesta terça-feira (28) pelo Tesouro Nacional. O resultado ficou abaixo da mediana das previsões do mercado, que estimavam um superávit de R$ 18,3 bilhões.
Apesar da queda em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o superávit foi de R$ 15,6 bilhões, o resultado representa um avanço no acumulado do ano. De janeiro a abril, o Governo Central já acumula um superávit primário de R$ 30,6 bilhões, contra R$ 46,8 bilhões no mesmo período de 2023.
O superávit no mês foi impulsionado principalmente pelo aumento da receita líquida, que avançou 8,4% em termos reais, alcançando R$ 192,5 bilhões. Entre os destaques estão o crescimento da Cofins (R$ 9,6 bilhões), PIS/Pasep (R$ 2 bilhões), IPI (R$ 1,7 bilhão) e Imposto de Importação (R$ 1,3 bilhão).
Já as despesas totais registraram um aumento real de 12,4%, totalizando R$ 179,9 bilhões. O principal fator para o crescimento das despesas foi o pagamento do 13º salário da Previdência Social, que neste ano foi antecipado para abril. Além disso, houve aumento nos benefícios de prestação continuada, nas despesas com pessoal e encargos sociais e nas despesas discricionárias.
O Tesouro Nacional e o Banco Central apresentaram superávit primário conjunto de R$ 41,4 bilhões em abril, enquanto o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) registrou déficit primário de R$ 30,3 bilhões.
O Tesouro Nacional espera que o superávit primário do Governo Central continue crescendo nos próximos meses, impulsionado pela retomada da atividade econômica e pela arrecadação de impostos. No entanto, o ritmo de crescimento pode ser mais lento do que o observado no início do ano, devido à base de comparação mais elevada e à incerteza do cenário internacional.