“Filmes de Vagabundo LTDA – ME”, é uma das empresas acusadas de serem usadas pelo candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos em um suposto esquema de lavagem de dinheiro na campanha eleitoral em São Paulo. A denúncia foi feita pelo jornalista Oswaldo Eustáquio nesta quarta-feira (11), que foi até o endereço da empresa.
Segundo o Eustáquio, a produtora “Filmes de Vagabundos”, que fica no mesmo bairro do Instituto Lula, não funciona no local.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o dono da casa em que seria a ‘Vagabundos’ admitiu para Eustáquio que se trata de um local de fachada e que a empresa que faturou meio milhão tem apenas endereço administrativo e de fato não funciona.
Segundo o jornalista, Boulos ainda pagou R$ 28 mil para a empresa Filme de Vagabundos.
De acordo com o próprio Psolista, a produtora fez diversos vídeos para a campanha de 2020, como a ‘do Celtinha, da trajetória de Erundina, entre outros’.
Segundo o site de patrocínios “Prosas”, a “Filmes de Vagabundo LTDA – ME” existe desde 24/02/2012 e se considera “uma jovem produtora de cinema independente que tem como foco principal a produção de curtas e longas-metragens de ficção à documentária, explorando criativamente os vários gêneros, formas e linguagens do audiovisual”.
Nas redes sociais, internautas começaram a ironizar Boulos pelo suposto esquema de laranja e levantaram a hashtag “Laranjal do Boulos” como o assunto mais comentado do Twitter.
Veja a resposta de Guilherme Boulos às acusações de Oswaldo Eustáquio:
“A produtora Filmes de Vagabundo pertence à cineasta Amina Jorge, diretora de audiovisual da comunicação digital da campanha. Como muitos profissionais freelancers, ela registrou a empresa, em 11 de setembro de 2018, em seu endereço residencial, como consta no CNPJ.
Em dezembro de 2018, ela mudou de residência e não atualizou o novo endereço jurídico na Junta Comercial. O nome Filmes de Vagabundo, tratado com escracho pelo candidato Celso Russomanno durante o debate, é uma crítica da cineasta à desvalorização da cultura.
Já a empresa Kyrion foi fundada em maio de 2020, com sede administrativa no Butantã, conforme consta no CNPJ.
A empresa presta serviços de planejamento e acompanhamento de pesquisas quantitativas e qualitativas contratadas pela campanha, monitoramento e análise diária de redes sociais e gestão de comunidades digitais.
Para prestar os serviços, a Kyrion conta com uma equipe de 20 colaboradores. O contrato entre a campanha e a Kyrion permite que, em razão da pandemia, os serviços sejam prestados remotamente, razão pela qual não há atividade de campanha na sede administrativa da empresa”.