Governo Bolsonaro extinção estatal
O Governo Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (17) que fechou as portas da estatal Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Casemg).
O processo de extinção da companhia, chamado tecnicamente de liquidação, demorou dois anos. Segundo o Ministério da Economia, a Casemg, com prejuízo de R$ 16,8 milhões entre 2011 e 2016, representava um alto custo aos cofres da União, mesmo após o início do processo de liquidação.
Pelos cálculos do governo, a média anual de gastos, entre 2017 e 2020, foi de R$ 19 milhões, considerando as despesas administrativas e os custos operacionais. Somente no ano passado, o custo com pessoal e encargos, por exemplo, foi de R$ 8,8 milhões – cerca de 44,2% do total de despesas da empresa.
Em nota, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados, Diogo Mac Cord, afirmou que o governo liquida uma empresa quando ela não exerce uma função de entrega de serviços públicos relevantes e o setor privado não tem interesse em absorver aquela atividade, seja porque ela não é economicamente viável seja porque a empresa já atingiu um grau de insolvência que a faz incapaz de retomar qualquer atividade.
De acordo com ele, quando isso ocorre, a orientação é de liquidação devido ao seu valor de mercado negativo.
A Casemg foi criada em 1957 para armazenagem e ensilamento de produtos do agronegócio. Em 2016, a empresa tinha 18 unidades armazenadoras, com seis delas registrando contas no azul. Durante o processo de liquidação, houve alienação de sete bens imóveis, totalizando R$ 32,8 milhões em vendas, além de destinação dos bens móveis, levantamento do contencioso judicial e extrajudicial e arquivamento e organização de todo o acervo documental da empresa.
A primeira empresa liquidada pelo Governo Bolsonaro foi a Companhia Docas do Maranhão (Codomar), em setembro passado.