A Justiça Federal do Distrito Federal resolveu arquivar uma denúncia contra o ex-governador Fernando Pimentel (PT), sua esposa Carolina e o jornalista e consultor Mario Rosa por falta de provas. O juiz que acatou um pedido do Ministério Público Federal, entendeu que não existem elementos suficientes para dar início ao processo penal.
Segundo procuradores, as investigações revelavam que haviam indícios do cometimento de crimes, porém, após a abertura do inquérito, eles perceberam que “tais evidências não são aptas a configurar justa causa para ajuizamento de ação penal”.
Leia a decisão:
Operação Acrônimo
O processo é referente à Operação Acrônimo, que apurava lavagem de dinheiro e corrupção. O ex-governador estava sendo acusado de receber propina em troca de favorecer empresas junto ao BNDES.
Em relação a Mario Rosa e Carolina estes serviam como os intermediários da relação do ex-governador com empresas como o Grupo Casino, dono do Pão de Açúcar.
Na manifestação encaminhada para a Justiça, o MP destacou que “causou estranheza” o fato de Mario Rosa, um consultor de “inegável notoriedade” ter subcontratado a empresa de Carolina.
Porém, ressaltou que “independente de qual interesse tenha motivado a subcontratação, tal fato não pode ser tomado como prova da existência de um esquema delituoso”.
O crime foi dado como “crime antecedente”, ou seja, como não houve provas de corrupção também não seria possível alegar que houve lavagem de dinheiro no caso.
“Outrossim, após a quebra de sigilo telemático dos indiciados nada se encontrou envolvendo qualquer tratativa ilícita, mas tão somente negociações acerca de aditamentos ao contrato”, concluiu o MP.