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Na quarta-feira (9), o Ministério Público do Distrito Federal pediu a condenação do ex-piloto Nelson Piquet por chamar o piloto Lewis Hamilton de “neguinho” durante uma entrevista.
“O neguinho meteu o carro e não deixou (Verstappen desviar). O neguinho deixou o carro porque não tinha como passar dois carros naquela curva. Ele fez de sacanagem. A sorte dele foi que só o outro se f*. Fez uma p* sacanagem — disse Piquet, na época, em entrevista ao jornalista Ricardo Oliveira.
O MP respondeu uma ação civil pública, apresentada por entidades e organizações sociais como o Educafro e a Aliança Nacional LGBTI+, pedindo indenização de R$ 10 milhões como forma de reparação por danos morais coletivos.
Na decisão, o MP disse que houve “violações aos direitos da vítima e da população negra e LGBTQIA+, considerando tanto o plano das normativas internacionais quanto nacionais”.
“Traduz claramente a sua concepção do profissional de cor negra, incapaz de ser bem-sucedido em razão de sua competência, fazendo-se necessária a utilização de outros meios, tais como a subjugação, a humilhação e a inferiorização diante de pessoas brancas que seguem os padrões heteronormativos”.
Nelson Piquet chegou a pedir desculpas na época. Em comunicado enviado à imprensa, o ex-piloto brasileiro disse que não teve intenção de ofender o britânico, mas que o termo usado seria um sinônimo para “cara” ou “pessoa”.
“O que eu disse foi mal pensado, e eu não vou me defender por isso, mas eu vou deixar claro que o termo é um daqueles largamente e historicamente usados de forma coloquial no português brasileiro como sinônimo de ‘cara’ ou ‘pessoa’ e nunca com intenção de ofender”, argumentou Piquet, que ainda disse condenar quem o acusa de ter usado um termo racista.
