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O juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública de Campo Grande (MS), Marcelo Andrade Campos Silva, determinou o pagamento de R$ 1,3 milhão ao major aposentado da polícia militar Sérgio Roberto de Carvalho, conhecido como ‘Pablo Escobar brasileiro’ e é considerado um dos maiores narcotraficantes do mundo em atividade.
O juiz confirmou o pagamento na segunda-feira (10), mas indicou também a necessidade do sequestro dos bens e valores, com base em determinação da 14ª Vara Federal de Curitiba.
O valor liberado ao narcotraficante é referente aos pagamentos da aposentadoria dele como ex-major da PM, entre os anos de 2011 e 2015, período em que Sérgio Roberto de Carvalho foi dado como morto depois de ter forjado um atestado de óbito na Espanha.
Em 2015, Sérgio Roberto de Carvalho entrou com uma ação contra a Agência do INSS de Mato Grosso do Sul, pedindo revisão dos benefícios do período e pagamento de R$ 516.695,00.
A ação tramitou de 2015 a 2022. Depois de o STJ e o STF negarem recurso da Previdência, o juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara da Fazenda Pública de Campo Grande, determinou o pagamento do valor ao narcotraficante, atualizado para R$ 1.313.732,01.
Simultaneamente, um pedido do Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) levou a Justiça Federal a decretar o sequestro do montante devido ‘às atividades criminosas do ex-policial’.
‘Pablo Escobar brasileiro’ voltou a receber como servidor aposentado pela PM de Mato Grosso do Sul (PM-MS) neste ano.
Mesmo preso na Bélgica, o ex-major do MS recebeu R$ 89.983,79 desde março. O montante representa sua aposentadoria mensal de R$ 13.503,78 de março a junho, além de R$ 49.299,59 retroativos.
Sérgio Roberto de Carvalho foi preso na Hungria em junho de 2022 em um hotel de Budapeste, onde se hospedou como Guilhermo Diaz Flores e um passaporte mexicano.
O ‘Pablo Escobar brasileiro’ foi extraditado para a Bélgica, onde está preso por tráfico.
