O que torna o recorde deste ano particularmente notável é que, ao contrário de 2023 e 2016, o mundo deixou o padrão climático El Niño em abril, um fenômeno que normalmente eleva as temperaturas globais devido a águas mais quentes do Pacífico Oriental.
Karsten Haustein, cientista climático da Universidade de Leipzig, na Alemanha, destacou que é significativo que o recorde tenha sido estabelecido enquanto o mundo está na fase “neutra” do El Niño-Oscilação do Sul. Isso sugere uma influência ainda maior da mudança climática, exacerbada pela queima de combustíveis fósseis, no aumento das temperaturas globais. Haustein afirmou que a última segunda-feira pode ter estabelecido um novo recorde absoluto de temperatura média global, o mais quente dos últimos milhares de anos.
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Na China, uma série de alertas de calor foram emitidos nesta semana, com dezenas de estações meteorológicas em partes da região central e Noroeste do país registrando temperaturas acima de 40°C.
Em Taiwan, preparativos estavam em andamento para o impacto do tufão Gaemi na quarta-feira, com fábricas e mercados financeiros fechados devido às previsões de chuvas torrenciais. Os cientistas afirmam que a mudança climática está intensificando os tufões – ciclones tropicais que se alimentam do calor do oceano –, tornando-os mais fortes, com maiores velocidades de vento e mais precipitação.
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No Japão, o calor recorde continuou ao longo de julho, com alertas de insolação emitidos em 39 das 47 prefeituras do país na segunda-feira, onde as temperaturas ultrapassaram 37°C.
Na terça-feira, mais de 40 milhões de norte-americanos enfrentaram condições perigosas de calor, principalmente no Oeste dos Estados Unidos, onde rajadas de vento e condições secas contribuíram para diversos incêndios florestais.
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Até mesmo o Ártico enfrenta uma onda de calor, com Fairbanks, no Alasca, prevista para atingir 31°C na quarta-feira, aproximando-se de recordes anteriores, e partes do Ártico canadense, russo e norueguês registrando temperaturas mais de 9°C acima da média para esta época do ano, comparada ao período de 1979 a 2000.