A última clínica que praticava abortos no estado do Mississipi, nos Estados Unidos (EUA), fechou na quarta-feira (07). A juíza Debbra K. Halford rejeitou um pedido da clínica para suspender temporariamente a lei que proíbe a maioria dos abortos, citando a decisão do Supremo Corte dos EUA em anular Roe v. Wade, o precedente legal que permitia o aborto no país.
“Hoje [quarta-feira] será o último dia em que a Jackson Women’s Health poderá fornecer serviços de aborto”, disse o advogada Hillary Schneller, do Center for Reproductive Rights, em declarações ao jornal “The Washington Post”.
“Isso significa que o último provedor de serviços de aborto no Mississipi não poderá mais fornecer esses cuidados essenciais”, acrescentou.
A clínica já anunciou, entretanto, a intenção de recorrer da decisão nos próximos dias, mas enquanto o caso avança nos tribunais, não poderá realizar abortos.
A Jackson Women’s Health Organization era uma clínica de aborto frequentada por mulheres do estado do Mississipi, bem como de outros estados onde este tipo de prática não estava disponível.
Os estados conservadores posicionaram-se para impedir ou limitar os abortos, enquanto outros democratas procuraram assegurar o “direitos” à interrupção voluntária da gravidez.