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O gabinete de Israel aprovou o acordo de libertação de reféns e cessar-fogo na Faixa de Gaza, que entrará em vigor no domingo, após receber aprovação do gabinete de segurança poucas horas antes, conforme confirmado por fontes oficiais. O pacto, alcançado com o grupo Hamas, inclui a liberação gradual de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos.
“O governo aprovou o plano de retorno dos reféns”, declarou o escritório do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em um comunicado.
O governo israelense anunciou a aprovação após a 1h da manhã de sábado, horário de Jerusalém, após uma reunião prolongada do gabinete que se estendeu muito além do início do Shabat judeu, refletindo a importância do momento.
De acordo com a imprensa, 24 ministros da coalizão governamental de Netanyahu votaram a favor do acordo, enquanto oito se opuseram.
Durante a votação no gabinete de segurança, o ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, e o ministro de Finanças, Bezalel Smotrich, se opuseram ao acordo. O ministro sem voto David Amsalem também expressou seu descontentamento levantando a mão. Fontes israelenses relataram que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apresentou garantias dos Estados Unidos que apoiam a implementação do pacto, incluindo uma cláusula que permitiria a Israel retomar as hostilidades se as negociações para uma segunda fase do acordo falharem.
O escritório de Netanyahu anunciou que os primeiros reféns poderão ser liberados no domingo, enquanto o Hamas divulgará no sábado os nomes das mulheres reféns que serão libertadas no primeiro dia. Em um comunicado oficial, o grupo afirmou que “os obstáculos causados pelo não cumprimento das condições por parte da ocupação foram resolvidos”.
O acordo prevê que três reféns sejam liberados no primeiro dia, seguidos por outros quatro no sétimo dia. Posteriormente, 12 reféns serão libertados em quatro etapas: três nos dias 14, 21, 28 e 35, enquanto os últimos 14 serão liberados na última semana do acordo. Israel liberará todas as mulheres e crianças palestinas menores de 19 anos detidas em prisões israelenses ao final da primeira fase. O Ministério da Justiça israelense publicará a lista dos prisioneiros, juntamente com os crimes pelos quais foram condenados, uma vez aprovado o acordo.
O público terá 24 horas para apresentar apelações ao Tribunal Superior de Justiça contra a liberação dos prisioneiros. No entanto, fontes judiciais consideram improvável que o tribunal intervenha e anule o plano.
Um alto funcionário israelense confirmou ao meio Haaretz que o pacto inclui a retirada gradual das forças israelenses da rota Filadélfia, perto da fronteira entre o Egito e Gaza, após a primeira fase do acordo. Durante os primeiros 42 dias, os soldados permanecerão na área, mas se retirarão para o “cinturão de segurança” nas etapas finais. Além disso, a suspensão do tráfego aéreo sobre Gaza será aplicada por 12 horas nos dias em que os reféns forem liberados e por 10 horas nos dias restantes.
Enquanto isso, o acordo permite o movimento dos residentes de Gaza do sul para o norte da faixa. A partir do 16º dia após a assinatura, as negociações para uma segunda fase começarão, com o objetivo de garantir a liberação dos outros reféns.
A demora na reunião do gabinete gerou críticas de familiares dos reféns, que exigiram uma reunião urgente antes do sábado. Em um comunicado, afirmaram: “Não há justificativa para esperar até depois do Shabat; vidas estão em jogo”.
Em uma coletiva de imprensa em Tel Aviv, Einav Zangauker, mãe do refém Matan Zangauker, pediu à sociedade israelense que apoiasse a implementação do acordo: “É nosso dever garantir que todas as etapas sejam cumpridas e que todos os reféns sejam libertados”.
O acordo também inclui garantias de segurança relacionadas ao cruzamento de Rafah, que foram consideradas aceitáveis por Israel.
