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O coordenador israelense para assuntos de reféns, Gal Hirsch, se reuniu neste domingo (5) com o chefe regional da Cruz Vermelha Internacional, Julian Larison, em um encontro descrito como uma “reunião preparatória” antes das negociações iminentes para um cessar-fogo em Gaza.
“Reunião de preparação nesta manhã com o sr. Julian Larison, chefe da delegação da Cruz Vermelha”, escreveu Hirsch na rede social X, acompanhando a mensagem com uma foto ao lado de Larison.
O encontro ocorre enquanto Israel e o grupo palestino Hamas se preparam para iniciar negociações indiretas no Egito, mediadas por Estados Unidos, Egito e Catar, com base no plano proposto pelo presidente norte-americano Donald Trump para encerrar a guerra em Gaza e garantir a libertação dos reféns.
Atualmente, 48 pessoas permanecem em cativeiro em Gaza, das quais as autoridades israelenses acreditam que 20 ainda estejam vivas. Os reféns foram capturados durante o ataque de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas matou 1.219 israelenses, em sua maioria civis, e sequestrou 251 pessoas.
A Cruz Vermelha Internacional tem papel central como intermediária entre as milícias em Gaza e o Exército israelense. A organização é responsável por transportar os reféns libertados da Faixa até as autoridades israelenses, assim como supervisionar e transportar prisioneiros palestinos libertados em trocas, levando-os a Gaza, à Cisjordânia ou à fronteira com o Egito, em caso de deportação.
As delegações de Israel e Hamas devem chegar neste domingo ao Egito, onde discutirão, com mediação internacional, os pontos de desacordo. Embora tanto o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu quanto o Hamas tenham aceitado a proposta de Trump, o grupo islâmico pediu ajustes, sobretudo no calendário e nos mapas da retirada israelense de Gaza.
Na sexta-feira, o Hamas anunciou que aceitaria libertar todos os reféns israelenses em uma única rodada, diferente do último cessar-fogo, rompido por Israel em 18 de março.
No sábado, Trump advertiu o Hamas de que não “toleraria nenhum atraso” na aplicação do plano, que prevê cessar-fogo, libertação de reféns em até 72 horas, retirada gradual do Exército israelense de Gaza e o desarmamento do movimento islâmico.
Neste domingo, o Hamas reforçou aos mediadores que exigirá a suspensão total das operações militares de Israel em toda a Faixa de Gaza, incluindo bombardeios, voos de reconhecimento e sobrevoos de drones, além da retirada de tropas de Cidade de Gaza. Em contrapartida, o grupo prometeu encerrar suas operações militares caso um acordo seja fechado.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que, em caso de acordo, os bombardeios israelenses terão de cessar para permitir a libertação dos reféns.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, a ofensiva israelense já deixou ao menos 67.139 mortos, em sua maioria civis — números considerados confiáveis pela ONU.
As negociações em Sharm el-Sheik, no Egito, devem contar com a participação do enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e de seu genro, Jared Kushner.