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O Papa Leão XIV utilizou a tradicional oração do Angelus neste domingo (5) para condenar o ressurgimento do “ódio antissemita” no mundo e instar à pacificação do Oriente Médio, pedindo que se persevere nos “passos significativos” das negociações de paz em Gaza.
Diante de milhares de fiéis na Praça de São Pedro, no Vaticano, o pontífice expressou sua preocupação: “Expresso minha preocupação pelo surgimento do ódio antissemita no mundo, como lamentavelmente vimos no ataque terrorista de Manchester.”
Apelo por Cessar-Fogo e Libertação de Reféns
Em seguida, o Papa manifestou pesar pelo “imenso sofrimento padecido pelo povo palestino em Gaza”. Ele destacou a recente abertura de negociações indiretas entre Israel e o grupo Hamas para encerrar o conflito.
“Nestas últimas horas, na dramática situação do Oriente Médio, estão sendo cumpridos alguns passos significativos nas negociações de paz que espero que possam o mais rápido possível alcançar o resultado esperado”, solicitou o líder da Igreja Católica.
Por isso, Leão XIV exortou todos os envolvidos a “comprometer-se nessa via, o cessar-fogo e liberar os reféns”. O Papa, que é americano, concluiu o apelo pedindo aos fiéis que sigam unidos em oração para que “os esforços em curso possam pôr fim à guerra e conduzir a uma paz justa e duradoura”.
Mensagem aos Migrantes: “Não Estigma da Discriminação”
Durante a missa do Jubileu dos Missionários e Migrantes, celebrada neste domingo, o Papa também dedicou sua homilia à questão migratória, afirmando que os imigrantes “não podem e não devem encontrar o estigma da discriminação” ao chegarem a um porto seguro.
“Hermanos e irmãs, essas barcas que esperam avistar um porto seguro em que deter-se e esses olhos cheios de angústia e esperança que buscam uma terra firme a que chegar, não podem e não devem encontrar a frieza da indiferença ou o estigma da discriminação”, sustentou o pontífice.
Leão XIV, que foi missionário no Peru por muitos anos, ressaltou que a Igreja encara uma nova época missionária. Ele afirmou pensar de modo particular “nos irmãos migrantes, que tiveram que abandonar sua terra, muitas vezes deixando seus seres queridos, atravessando as noites de medo e de solidão, padecendo na própria pele a discriminação e a violência.”
O Papa encorajou a Igreja, especialmente a europeia, a ter um “impulso missionário novo” e a “olhar a cara daqueles que chegam desde terras longínquas e sofredoras, abrir-lhes os braços e o coração, acolher-lhes como irmãos, ser para eles uma presença de consolação e esperança”. Aos migrantes, ele deixou uma mensagem final: “sed sempre bem-vindos.” (Com informações da EFE)